21 de jan. de 2016

Em mais um surto, PSDB pede a extinção do PT à Justiça Eleitoral

Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP)
Assim como tentaram pedir auditoria das urnas com base em boatos nas redes sociais, o PSDB protocolou nesta quarta-feira (20), na Procuradoria-Geral Eleitoral, uma representação na qual pede a extinção do Partido dos Trabalhadores, o PT.


Com base em depoimento vazado pela grande imprensa e consumado pelo inconformismo da derrota nas urnas, o PSDB pede que seja investigada a documentação que teria sido entregue pelo ex-diretor da Àrea Internacional da Petrobras Nestor Cerveró à Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato.

A petição é baseada no vazamento de suposta delação premiada de Cerveró em que ele teria dito que na campanha à reeleição do ex-presidente Lula, em 2006, recebeu R$ 50 milhões em propina, resultado de uma negociação para a compra de US$ 300 milhões em blocos de petróleo na África, em 2005. Trata-se do depoimento que Cerveró fez antes de fechar o acordo de delação, em que ele afirma Manuel Domingos Vicente, que presidiu o Conselho de Administração da estatal petrolífera angolana (Sonangol), teria dito tal informação a ele.

Ainda sobre esses depoimentos que antecederam o acordo de delação premiada, o jornal Valor Econômico publicou matéria para dizer que Cerveró desdisse boa parte do que havia dito quando concedeu o depoimento oficial da delação. 

Mas isso não importa para os tucanos, que tratam o “eu acho”, “eu acredito” e “me disseram” de Cerveró como fato. “Esse é um crime que não tem sua prescrição prevista em lei. O que está em jogo não é o ex-presidente Lula, mas sim o recebimento por parte do Partido dos Trabalhadores de recursos do exterior”, bravateou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio.

“Qual consequência disso? É a extinção do partido, porque ele perde o registro, portanto, independentemente do que vá acontecer com o ex-presidente Lula, a consequência é direta para o seu partido, o Partido dos Trabalhadores”, completou Sampaio.

Os tucanos seguem o mesmo caminho que os levaram a pedir uma auditoria das urnas, baseando-se nos boatos das redes sociais. A ação também foi assinada por Sampaio, que é o coordenador Jurídico Nacional do PSDB. O pedido foi negado pelo TSE, que criticou a ação classificando-a como um desserviço à democracia. 

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