Padre gera revolta ao defender pena de morte a homossexuais na Itália
Um sacerdote italiano indignou internautas, associações de gays e sua hierarquia após a publicação de um vídeo de um sermão no qual afirma que a pena de morte para homossexuais deveria continuar sendo válida.
Neste sermão destinado a denunciar a união civil entre os casais homossexuais, adotada há pouco tempo pelo Parlamento italiano, o padre Massimiliano Pusceddu abriu sua Bíblia e leu uma passagem da carta de São Paulo aos Romanos.
"Embora conheçam o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que fazem essas coisas, não apenas as praticam, mas também aprovam os que as fazem", afirma o texto.
Fechando o livro, este sacerdote de Decimoputzu, no sul da ilha da Sardenha, acrescentou: "Esta palavra é atual porque aborda estes temas de maneira precisa, evangélica".
Como em todas as semanas, o padre Pusceddu publicou sua homilia na internet, mas rapidamente o vídeo provocou uma avalanche de reações indignadas nas redes sociais.
"Pode ser tolerante uma religião que conta com semelhantes animais entre seus ministros?", se perguntava um internauta no Twitter.
Com estas declarações "nos expomos a um tipo de interpretação digna das seitas, ignorando as mudanças da sociedade. São palavras contra a dignidade da pessoa humana", declarou à AFP o vigário-geral de Cagliari, Franco Puddi, ressaltando que a diocese favorecia o diálogo, e não as punições, para "fazer as pessoas evoluírem".
Ex-boxeador, o padre Pusceddu é fã das polêmicas, tendo organizado inclusive um exorcismo coletivo em um ginásio. Também é investigado por violência contra um paroquiano que agredia a esposa.
Da France Presse - AFP.com
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