Por Sputnik Brasil
O primeiro a abordar o tema foi o influente ex-embaixador dos EUA na Sérvia, Cameron Munter, que manifestou sua preocupação em um artigo autoral para Stratfor. Dias depois, o ex-secretário-geral da OTAN, Javier Solana, também chamou a atenção para o assunto em um artigo escrito para o jornal sérvio Danas.
Além disso, recentemente, o portal Politico dedicou uma matéria sobre a importância dos Bálcãs para Pequim, pois a região seria estratégica para a Nova Rota da Seda, que garantirá a influência chinesa sobre a política europeia.
Zoran Dordevic, ex-ministro da defesa e atual ministro do Trabalho da Sérvia, que já atuou como conselheiro da embaixada do seu país na China, conversou sobre a "campanha antichinesa" em curso.
"Existem vozes, segundo as quais com o formato 16+1 (China, países do Leste Europeu e dos Bálcãs) Pequim deseja excluir a UE do processo (da Nova Rota da Seda), o que é totalmente incorreto", afirmou Dordevic. Segundo ele, a China "busca fortalecer a cooperação com toda a União Europeia com ajuda desses países".
O interlocutor da agência declarou que nem a China e nem a Rússia desejam criar empecilhos no caminho de países balcânicos que desejam fazer parte da UE.
"Está muito claro que não é Moscou nem Pequim que impedem esse processo. Os alertas ocidentais de que a China fará os Bálcãs se virarem contra a União Europeia não passam de uma tentativa de justificar o comportamento desleal da UE na região", afirmou Dordevic.
"Além disso, há um medo de que as empresas europeias não conseguirão lidar com a concorrência chinesa, cujas empresas oferecem serviços com a mesma qualidade, mas com preços muito melhores. Por isso eles tentam assustar a todos com os 'fantasmas' da China e da Rússia", concluiu o especialista.
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