30 de set. de 2017

Mulheres negras e de terreiro unem forças por sociedade mais justa

Energias limpas são dom que deve ser dividido.
Foto/Arquivo Notibras

semente para união e empoderamento das mulheres negras de Brasília está plantada. E deve germinar com raízes fortes, a partir do “Encontro das Yabás: Mulheres Inspiradoras”, realizado no Museu Nacional da República.

por Carolina Paiva em Notibras

Organizado pela Força Afro Brasil, a ideia do ‘Encontro das Yabás’ é estabelecer diálogo entre mulheres negras e de terreiro para o seu fortalecimento, inclusive com ações políticas e sociais.

‘Vamos mostrar que os negros e as pessoas de terreiro podem, sim, ocupar os espaços públicos’, lembrou a ativista Janaína Almeida.

A conversa lá no Museu da República serviu como mais uma oportunidade de aprendizado e troca de conhecimento para a sociedade espírita de Brasília, principalmente suas mulheres, dando-se prioridade ao foco na educação como princípio religioso e social.

Os próximos encontros terão o recheio de cultura e lazer, a exemplo do ocorrido na primeira reunião. Uma das marcas foi a apresentação de Luísa Marta, que cantou sobre as mulheres, entoando Maria Maria e Mamãe Oxum, com todo mundo fazendo coro às músicas. Outro destaque foi a apresentação da poetisa Tatiana Nascimento, com poemas sobre a discriminação social, sexual e religiosa.

Para se ter ideia da força do movimento, basta lembrar que além da pedagoga Janaína Almeida, marcaram presenças Neide Rafael, umas das promotoras do Movimento Coletivo de Mulheres Negras; a advogada e primeira secretária de Igualdade Racial do Distrito Federal, Josefina Serra e a professora Gina Vieira Ponte, premiada nacional e internacionalmente com o projeto Mulheres Inspiradoras.

As discussões do encontro giraram em torno das diferentes metodologias e abordagens para a identificação da vulnerabilidade da mulher negra e espírita, as mudanças da sociedade, usando as experiências particulares das palestrantes como guia.

O presidente da Força Afro Brasil, Kleyson Moreno, lembrou a importância da união dos povos de religião de matriz africana. E prometeu boas colheitas, capazes de fomentar o diálogo entre os povos de terreiro do Distrito Federal, ponto de partida, segundo ele, de um projeto que a médio prazo deve se estender a todo o Brasil.

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