Wilson Aragão Foto Joaquim Dantas/Blog do Arretadinho |
Não tenho certeza, mas acho que foi em Nova Soure ou São Gabriel. Lembro que estava com meu amigo, violinista e maestro Jeziel.
Pouco antes de começar a cantoria um rapaz me procurou pedindo para que eu cantasse, na apresentação, a música o Filósofo e o Jegue, porque ele queria gravar.
Estava com um gravador na mão. Daqueles antigos, preto, do tamanho de um tijolo, com umas 5 teclas e fita mini cassete.
Pedi para ele colocar o gravador ligado perto da caixa de som para captar melhor o áudio que eu iria cantar a música naquela noite.
Começou a cantoria e a gente esqueceu de cantar no início e a fitinha mini cassete só gravava 30 minutos de cada lado. O gravador estava gravando e o rapaz lá no meio do público, sabe-se lá onde.
Enfim lembramos da música! Mas quando comecei a fazer a introdução d'O Filósofo e o Jegue, "qüen qüen qüen qüen qüen qüen qüen qüen...", a fita terminou e eu ouvi o gravador desarmar: "plec".
Pensamos: danou-se! Cadê o rapaz pra virar a fita? Vai perder a música.
Terminou a música e o gravador lá, desligado. Cantoria que segue.
Por fim, acabou a cantoria e como sempre fomos todos confraternizar numa bodega ali perto (ou taverna, como eu chamava). Como sempre cercado de muita gente amiga lá estávamos nós. Eu segurando um copo de cerveja, quando chega o malungo com o gravador debaixo do braço. Gritando, no meio de todo mundo: "Aragão! A do jegue não entrou!"
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