Até março, 790 mil pessoas saíram do grupo frente ao trimestre anterior, no fim do ano, quando ocorre boa parte das contrações
RIO – A dispensa de trabalhadores temporários no primeiro trimestre de 2019 foi a maior em sete anos. O grupo de empregados com esse tipo de contrato teve redução de 790 mil pessoas em relação aos últimos três meses do ano passado, quando ocorre boa parte dessas contratações, para trabalhos de fim de ano. Eles eram 6,64 milhões de trabalhadores e caíram para 5,85 milhões nesse período.
Os dados são da pesquisa Pnad Contínua do IBGE . Desde que o levantamenro começou a ser feito, em 2012, essa queda nunca foi tão grande. No primeiro trimestre deste ano, o desemprego atingia 13,4 milhões de brasileiros .
Dentro do grupo de trabalhadores temporários dispensados no início de ano também estão muitas professores do setor público que são contratadas para trabalho entre março e dezembro, a cada ano.
A falta de disposição do empresariado para abrir vagas elevou o número de desempregados para 13,4 milhões e fez a taxa de desemprego subir a 12,7%, nos três primeiros meses do ano. Na manhã desta quinta-feira, milhares de cariocas ficaram, sob chuva, em uma fila de um feirão de empregos no Bairro Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio.
A renda do trabalhador também não apresentou melhora: o único grupo cuja renda teve alta nesse começo de ano foi o de trabalhadores domésticos, em razão do reajuste do salário mínimo, aplicado em janeiro.
Os 13,4 milhões de desempregados são o maior número desde o primeiro trimestre do ano passado (13,6 milhões). Em relação aos últimos três meses de 2018, houve acréscimo de 1,2 milhão de pessoas a esse grupo, alta de 10,2%.
A taxa de desemprego é igualmente a maior desde os três primeiros meses de 2018, quando ficou em 13,1%. No último trimestre do ano passado, a taxa havia ficado em 11,6%.
por Paulo Tavares no DF em Foco
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