A pequena Thayla e Messias |
Por não aceitar o fim do relacionamento, homem afoga bebê da ex-companheira. Criança ainda estava aprendendo a andar e se comunicar e havia acabado de completar 1 ano de idade. "Estou destruída. Minha filha era muito alegre e vivia sorrindo", desabafa a mãe
Messias Machado Barbosa, de 29 anos, cometeu um dos crimes mais covardes e cruéis de que se tem notícia. Ele afogou uma bebê de apenas 1 ano de idade na madrugada do último domingo (15) em Macapá (AP).
O corpo de Thayla Cristina Ferreira foi encontrado pela manhã em um lago de uma área periférica do bairro Universidade, Zona Sul da capital do Amapá.
Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) capturaram Messias ainda na tarde do domingo. Ele estava escondido na casa de uma tia. Na delegacia, ele confessou toda ação.
Messias disse que cometeu o assassinato por não aceitar o fim do relacionamento com a mãe da criança e ter ciúme dela. As informações são do delegado Wellington Ferraz, titular da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Decipe).
“Ela foi jogada na área alagada e veio a óbito por afogamento. No momento, Messias estava transtornado pelo término do relacionamento. No sábado, houve uma discussão entre a mãe da criança e o ex-namorado. Ele disse que agiu em momento de loucura, mas que sabia o que estava fazendo”, contou o delegado.
De acordo com o delegado, no sábado à noite Messias foi à casa da namorada. Lá, a mulher decidiu terminar o relacionamento ao ser vítima de uma tentativa de agressão durante uma discussão entre ambos. O desentendimento teria sido motivado pela recusa da mulher em sair com ele.
A namorada fugiu de casa e tentou buscar ajuda na casa de uma vizinha. A filha ficou aos cuidados de uma tia. Em um momento de descuido, segundo as investigações, Messias retornou à residência e raptou a enteada.
Messias levou a criança para a casa onde morava. A bebê teria dormido no imóvel e acordado momentos depois. O homem disse que decidiu devolvê-la à mãe, mas que durante o caminho, resolveu arremessá-la no lago, fugindo logo em seguida.
Messias Barbosa relata que raptou a criança ao ficar enfurecido ao retornar à casa da namorada e não a encontrar, imaginando que ela havia saído para a festa depois da discussão.
“A gente [ele e a mãe da criança] ia sair para uma festa, mas ela não quis porque eu tinha bebido. Aí eu falei que ia para casa dormir e ela disse que não queria dormir comigo e ficou na cabeceira da ponte e eu fui embora. Cinco minutos depois voltei e ela não estava mais lá”, inicia o homem.
“Foi nessa hora que fiquei com raiva porque pensei que ela tinha saído. Eu peguei a neném para dormir na minha casa, mas resolvi levar de volta para a casa da mãe. Quando chegou mais ou menos no meio da ponte tive outra ideia de deixar a neném. Eu deixei ela (neném) em cima de uns matos e fui embora andando na ponte”, admitiu.
Moradores encontraram o corpo da vítima boiando na manhã de domingo. A área alagada fica em uma região composta por palafitas. A menina foi arremessada viva no lago coberto por plantações.
O que diz a mãe
A mãe da criança é Maria de Jesus Ferreira, de 25 anos. Ela lembra da filha como uma menina alegre e de sorriso fácil e não sabe se conseguirá superar a dor que sente.
“Estou destruída. Minha filha era muito alegre e vivia sorrindo. Estou sobrevivendo um dia de cada vez”, desabafa a mãe, ao lembrar que a filha havia completado 1 ano de idade há menos de 48 horas.
Maria conta que, um dia antes do assassinato, terminou o relacionamento com Messias porque ele era muito ciumento e agressivo. No dia seguinte, ela se recusou a sair com o homem, que a agrediu fisicamente.
A mulher fugiu em busca de ajuda na casa de uma vizinha e retornou somente após conseguir socorro. Nesse intervalo, Thayla foi raptada por Messias. A menina estava sob os cuidados de uma tia.
“Soube da morte da minha filha pelo irmão dele [Messias], que me ligou e disse para eu preparar o meu coração porque estava vindo ao meu encontro. Quando chegou com a notícia, foi um desespero”, lembra Maria.
Messias será indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e abandono. Ele está preso em uma cela isolada para permanecer vivo, porque o crime que cometeu não é aceito pelos demais presos.
fonte Pragmatismo Político
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