“A perseguição do imperialismo a Othon”
Por Patrícia Carvalho Matta Machado
“É imprescindível assinalar que o Almirante Othon foi durante toda a sua vida perseguido e vigiado pelo imperialismo. É emblemático desta espionagem o período entre 1982 e 1984, quando Othon era diretor de pesquisas de reatores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Durante esses anos, ele foi ativamente monitorado pela CIA, que mantinha um agente, Ray H. Allar, morando no apartamento ao lado do dele em São Paulo. A mesma CIA de onde o juiz Sérgio Moro recebeu formação.
Outro dado muito importante é o de que antes de assumir o processo contra Othon, Marcelo Bretas, juiz que o condenou, ficou quatro meses em Washington, D.C., capital dos EUA, onde estudou o funcionamento da Justiça Federal norte-americana. É nesta perseguição implacável a Othon que aparecem as acusações contra ele:
antes de ser presidente da Eletronuclear (cargo que ocupou entre 2005 e 2015), Othon acertou com a empresa Andrade Gutierrez para que se o governo brasileiro adotasse o seu projeto de matriz energética, ele cobraria e lhe seriam devidos três milhões de reais. Ele estava cobrando pela sua criação, pelo seu trabalho. E condicionou o recebimento para o caso de o governo federal adotar as suas formulações para a matriz energética brasileira. Depois que se tornou presidente da Eletronuclear, o governo federal adotou a matriz energética que ele havia formulado e Othon recebeu aquilo que lhe era devido: não um percentual sobre obras ou lucros, mas sim o valor anteriormente acertado, de maneira absolutamente legal e lícita.
Ora, no processo fraudulento da Lava Jato impetrado contra Othon, se argumentava que os três milhões de reais que ele havia recebido iriam servir para ele “passar uma aposentadoria tranquila”.
Nada mais mentiroso, pois este valor iria servir, como toda a comunidade acadêmica sabe, para que ele desse continuidade ao projeto revolucionário de sua vida: ele estava desenvolvendo um projeto de hidroturbogerador que permite a produção de energia a partir de uma queda d’água de apenas um metro e vinte de altura. Isto iria beneficiar milhares e milhares de famílias com energia farta e barata. Este era o projeto de Othon, que foi bruscamente interrompido por sua absurda prisão.
Um temor de todos os que conhecem o trabalho de Othon é o fato de que após sua prisão a CIA (que como sabemos é o organismo que dirige e organiza todos estes processos), possa ter acesso aos seus documentos secretos, que foram confiscados pela Lava Jato. Isso pode comprometer o segredo mais bem guardado da tecnologia e do programa nuclear brasileiros.
Assim, podemos responder: a quem pode interessar o encarceramento perpétuo do Vice-Almirante Othon? A quem interessa prender e condenar para sempre à prisão o homem que colocou o Brasil entre os poucos países que dominam a tecnologia nuclear em todo o mundo, o homem que estava desenvolvendo um projeto que iria levar energia barata a milhões e milhões de brasileiros?
Como já apontamos, a interesses do capital imperialista, que jamais desejou a soberania do Brasil, e sim que nosso País permanecesse subserviente e dependente da ciência e da tecnologia estrangeiras.
Neste sentido é que podemos afirmar veementemente: os processos que se dizem “de combate à corrupção” no Brasil são uma fachada para a realização de crimes contra o direito de defesa em nosso País e de perseguição a pessoas que, como Othon, buscam investir na soberania nacional. Estes processos têm sido sistematicamente utilizados para práticas absolutamente ilegais, de violação aos direitos e garantias fundamentais, e desde o Mensalão até a famigerada e criminosa Lava Jato, são mecanismos usados para a concretização do golpe do imperialismo contra a nação brasileira.”
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