Apesar da promessa do governo de que todos os militares que receberam irregularmente o auxílio emergencial de R$ 600 devolveriam o dinheiro, não foi o que aconteceu. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) apontam que apenas três em cada 10 fardados que embolsaram os recursos seguiram a determinação do Ministério da Defesa.
Pelos levantamentos oficiais do governo, 73,2 mil militares foram identificados entre os fraudadores do auxílio emergencial — no total, segundo o TCU, 565.351 pessoas foram brindadas, indevidamente, com a primeira parcela do benefício —, contudo, nem 24 mil fardados devolveram o dinheiro ao Tesouro Nacional.
O TCU informa que o total devolvido pelos militares chegou a R$ 15,4 milhões. O Tribunal espera que o Ministério da Defesa seja mais enérgico na cobrança dos fardados que se fizeram de mortos e não mexeram no bolso para corrigir as irregularidades que cometeram.
Militares serão investigados
É importante ressaltar que os militares que continuam em situação irregular em relação ao auxílio emergencial serão investigados pelo Ministério Público. O TCU pediu ao órgão que abra um processo para acionar criminalmente quem fraudou o auxílio emergencial.
O ministro Bruno Dantas, que está conduzindo esse caso no TCU, deixa claro que não deixará os fraudadores impunes. Ele, inclusive, recomendou ao Ministério da Cidadania que libere, na internet, a lista com os nomes de todos aqueles que receberam indevidamente os R$ 600.
O auxílio emergencial foi criado pelo governo para ajudar pessoas que perderam renda devido à pandemia do novo coronavírus. No total, 109 milhões de brasileiros pleitearam o benefícios. Cerca de 65 milhões tiveram os pedidos atendidos.
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