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O pedido liminar, imediatamente colocado em sigilo, foi entregue ao ministro João Otávio de Noronha pelo fato de ser ele o responsável pelos pedidos urgentes que chegam ao plantão do STJ
por Redação Revista Fórum
Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), vai para prisão domiciliar. A decisão em caráter liminar é do ministro João Otávio de Noronha e vale também para Márcia Aguiar, esposa de Queiroz, que estava foragida com prisão preventiva decretada.
Desde a última quarta-feira o Judiciário está em recesso, e os demais ministros saíram de férias. O pedido liminar, imediatamente colocado em sigilo, foi entregue a Noronha pelo fato de ser ele o responsável pelos pedidos urgentes que chegam ao plantão do STJ.
Os habeas corpus movidos pelas defesas de Queiroz e Márcia foram encaminhados ao STJ nesta segunda-feira pela desembargadora Suimei Cavalieri, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Vaga no STF
O jornalista Lauro Jardim antecipou em sua coluna no jornal O Globo, nesta quinta-feira (9), que João Otávio Noronha deveria conceder habeas corpus à Márcia Aguiar, que está foragida, e Fabrício Queiroz.
Segundo o colunista, há consenso entre colegas de STJ de que Noronha deve libertar Queiroz até segunda-feira (13), já que o ministro “sonha” com uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Em maio, Noronha já sinalizou que está em campanha ao dar direito a Jair Bolsonaro, responsável pela indicação à corte, de não revelar os testes para detectar a contaminação pelo coronavírus.
Preso em imóvel de Wassef
Queiroz foi preso na manhã de 18 de junho pela Polícia Civil em uma chácara em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel pertence a Frederick Wassef, que é advogado do senador e também do presidente, no caso Adélio Bispo.
Policiais e promotores relataram que Queiroz era mantido em esquema de proteção no imóvel, pois já se imaginava que ele poderia ser preso.
O ex-assessor foi preso a mando do Ministério Público do Rio de Janeiro no inquérito relacionado ao esquema de “rachadinha” que operava no gabinete do então deputado estadual – e hoje senador – Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão de forma “atípica” em sua conta bancária enquanto atuava como assessor do filho do presidente.
Com informações do Radar, da Veja
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