31 de jan. de 2012

PAQUISTÃO: UMA BREVE HISTÓRIA

O Paquistão, de maioria muçulmana, ocupa uma área onde surgiram alguns dos primeiros assentamentos humanos. O moderno estado do Paquistão surgiu em 1947, como resultado da partilha do subcontinente indiano, e vem enfrentando alguns transtornos políticos internos e confrontos regionais.
ANTECEDENTES
Conhecer a história do Paquistão é conhecer a história de Mohammad Ali Jinnah, considerado o pai da nação, Quaid-e-Azam, e fundador do país. Nascido em 1876, em Karachi, ainda jovem tornou-se um bem sucedido advogado. Em 1905, entrou para a política e esteve na Inglaterra como representante do Congresso Nacional Indiano para defender a causa da autodeterminação indiana. No ano seguinte, ele era indicado secretário do presidente do Congresso Nacional Indiano. Em dezembro de 1906, fez seu primeiro discurso político em defesa da resolução sobre a autodeterminação. Três anos mais tarde, foi eleito para o recém criado Conselho Legislativo Imperial, sendo talvez a voz mais poderosa da causa da liberdade e dos direitos indianos.
Por mais de três décadas ele acreditou e trabalhou ardorosamente pela unidade hindu-muçulmana. Foi o responsável pelo Pacto Liga-Congresso, de 1916, conhecido como Pacto Lucknow, o único assinado entre as duas organizações políticas, o Congresso e a Liga Muçulmana All-Índia, que representavam as duas maiores comunidades do subcontinente. O esquema personificado neste pacto tornou-se a base para as Reformas Montagu-Chemlsford, o conhecido Ato de 1919. Por ele, os muçulmanos tinham direito a um eleitorado em separado, um número determinado de cadeiras no legislativo e representação no Centro e nas províncias minoritárias. O Ato também representou o reconhecimento tácito da Liga Muçulmana All-Índia como a organização representante dos muçulmanos, fortalecendo a tendência à individualidade muçulmana dentro da política indiana. Tudo isso se deu graças aos esforços de Jinnah e, em 1917, ele foi reconhecido por muçulmanos e hindus como um dos líderes políticos mais expressivos da Índia. Ele também foi o presidente da All-India e da filial de Bombaim da Liga Home Rule, e foi aclamado como o embaixador da unidade hindu-muçulmana.
Em decorrência dos esforços de Jinnah, os muçulmanos despertaram para a necessidade de um território que pudesse ser ocupado e onde pudessem viver como "nação", um estado que fosse seu lar cultural. Jinnah conclamava "Nós somos uma nação". "Nós somos uma nação com a nossa própria cultura e civilização, língua e literatura, arte e arquitetura, nomes e nomenclatura, valores, leis e código moral, costumes e calendário, história e tradição, aptidões e ambições; em resumo, temos a nossa própria perspectiva de vida. Por todos os cânones do direito internacional, nós somos uma nação."
A reivindicação muçulmana por um Paquistão, em 1940, teve um impacto tremendo no curso da política indiana. Por um lado, desmoronou o sonho hindu de um império indiano depois da retirada da Inglaterra; por outro, foi o precursor do renascimento islâmico em que os muçulmanos indianos seriam participantes ativos. A reação hindu foi rápida, amarga e traiçoeira.
Igualmente hostil foi a reação britânica à reivindicação dos muçulmanos. Essa hostilidade estava baseada na crença de que a unidade da Índia era a principal conquista e contribuição. A ironia foi que tanto os hindus quanto os ingleses não previram o impacto da criação do Paquistão sobre as massas muçulmanas. Acima de tudo, não conseguiram perceber que, de repente, cem milhões de pessoas tinham tomado consciência da especificidade de sua nacionalidade e de seu destino. E Ali Jinnah desempenhou um papel ainda mais decisivo na criação do estado do Paquistão em 1947. Foi sua poderosa defesa da causa do Paquistão e sua notável estratégia em delicadas negociações, principalmente no período pós-guerra, que tornaram o Paquistão inevitável.

RESUMO
Criado para atender às exigências dos muçulmanos indianos, que queriam um estado próprio, o Paquistão era originalmente composto de duas partes: A parte leste - atual Bangladesh - na Baía de Bengala, na fronteira da Índia com Burma, e a parte oeste - atual Paquistão - que se estende do Himalaia até o mar da Arábia. A guerra com a Índia pelo território norte da Caxemria chegou logo após a independência - os dois países iriam se enfrentar de novo em 1965. O fim das duas partes chegou em 1971, quando a parte leste de fala predominantemente bengali (atual Bangladesh) se separou com a ajuda da Índia.
Nas últimas décadas, a política civil tem sido manchada pela corrupção, ineficiência e confrontos entre as várias instituições. Períodos alternados de governo civil e militar não ajudaram a criar estabilidade. Durante os anos 80, o Paquistão recebeu grande quantidade de ajuda externa para o combate das forças soviéticas no vizinho Afeganistão. Mas, com o fim da Guerra Fria, esta assistência já não é mais tão generosa e o Paquistão, agora, ainda tem que arcar com uma população adicional de refugiados afegãos.
O Paquistão tem um governo militar desde outubro de 1999, após a derrubada do governo civil que tinha perdido apoio público. O líder do golpe, general Musharraf, prometeu ressuscitar os destinos do país - mas precisa vencer o atraso econômico, a corrupção e problemas legais e de ordem, sendo que em relação a este último, o que traz maior preocupação é o sul da província do Sindh, imersa em conflitos étnicos e sectários. Também persiste a tensão com a Índia em relação à Caxemira, o que aumentou os temores internacionais de uma corrida armamentista, uma vez que tanto Paquistão como a Índia detêm tecnologia nuclear.


A BANDEIRA

A Bandeira do Paquistão foi desenhada por Muhammad Ali Jinnah, baseada na bandeira original da Liga Muçulmana.
Ela foi adotada pela Assembléia Constituinte em 11 de agosto de 1947, justo dias antes da independência.
A bandeira é referida no hino nacional como Parcham-e-Sitara-o-Hilal em urdu (literalmente: Bandeira do Crescente e da Estrela).
A bandeira consiste de um campo verde escuro, representando a maioria muçulmana do país, com uma faixa branca no lado do haste, representando as minorias religiosas.
No centro, há uma lua crescente branca, representando progresso, e uma estrela de cinco pontas, representando luz e conhecimento.
A bandeira simboliza o comprometimento paquistanês ao Islã, ao mundo islâmico e aos direitos das minorias religiosas.
É alçada em vários dias importantes do ano, incluindo o Dia da República e o Dia da Independência.

DADOS
Capital: Islamabad
Línguas principais: urdu, punjabi, sindhi e inglês
Religião principal: Islam (99%)
Expectativa de vida: 63 anos para o homem e 65 para a mulher.
Moeda: rúpia paquistanesa
Exportação: produtos têxteis, arroz, algodão, couro.
Nome Oficial: República Islâmica do Paquistão (Islami Jamhuriya-e-Pakistan)
Capital do Paquistão: Islamabad
Área: 803.940 km² (36º maior)
População: 156.770.000 (2007)
Nacionalidade: Paquistanesa
Principais Cidades: Karachi, Lahore, Faisalabad, Islamabad

Fonte: www.webbusca.com.br

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