3 de mar. de 2012

FIFA QUER CHUTAR A BUNDA DO BRASIL

Secretário-geral da Fifa: "Organizadores precisam de um chute no traseiro"

Publicação:

02/03/2012 20:04
  

Atualização:

02/03/2012 20:21
O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jèrôme Valcke, disse nesta sexta-feira (2) que está preocupado com os preparativos do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. Segundo Valcke, a construção de estádios e de infraestrutura de transportes e hotéis para os torcedores está atrasada.

O dirigente disse que poucas coisas estão funcionando no Brasil e os organizadores precisam de "um chute no traseiro". Para ele o Brasil parece estar mais preocupado com ganhar a Copa do que com organizá-la.

O dirigente disse nesta sexta-feira que poucas coisas estão funcionando no Brasil

Valcke, que está na Inglaterra para a reunião anual do conselho legislador da Fifa, também fez duras críticas à Lei Geral da Copa que tramita na Câmara dos Deputados. Ele disse estar "frustrado" com o que chamou de "discussões infindáveis" no Congresso brasileiro sobre a Lei da Copa, que críticos dizem que dá muitos poderes e poucas responsabilidades à Fifa.

A comissão especial de deputados federais que analisa a Lei Geral da Copa adiou para a próxima terça-feira a votação dos dez destaques ao relatório do deputado Vicente Candido (PT-SP). O texto-base do projeto já foi aprovado, mas os deputados ainda precisam votar dez itens de destaque, antes de enviar o texto para o Plenário da Câmara e para o Senado.

Entre os assuntos a serem tratados está a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante as partidas. Três dos dez destaques pedem que seja retirada a permissão para a venda.

De acordo com o secretário-geral, não há um "Plano B" para a Copa do Mundo de 2014. Ele disse que o evento acontecerá no Brasil, mas que os torcedores podem sofrer. "(O Brasil) não tem hotéis suficientes em todos os lugares. Há mais do que o suficiente em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas, se você pensa em Manaus, é preciso ter mais".

Sobre Salvador, ele opinou que a cidade estaria pouco preparada para receber muitos torcedores. "A cidade é boa, mas (os trajetos) para ir ao estádio e toda a organização de transporte precisam melhorar".

O anúncio de que cada uma das 12 cidades-sede do Brasil receberá pelo menos quatro jogos causou preocupações sobre viagens aéreas dentro do país, por causa da infraestrutura aeroportuária.

"Tomamos a decisão de mover os times [de uma cidade para outra] e fomos criticados, porque se você torce para um time você terá que voar 8 mil quilômetros [para acompanhá-lo]. Fizemos isso a pedido do Brasil para garantir que todas partes do país vejam a Inglaterra, por exemplo, caso o time se classifique".

"Mas, tendo apoiado esta decisão, temos que garantir que os torcedores e a mídia - não os times, porque eles têm seus próprios aviões - conseguirão seguir as equipes", concluiu.

Deputado Romário critica secretário-geral no Twitter
Por volta das 20h desta sexta-feira, o ex-jogador de futebol e atual deputado federal, Romário, emitiu sua opinião sobre o fato em seu perfil na rede social. Romário considerou a expressão "dar um chute no traseiro" mal colocada e no mínimo "mal educada". Afirmou também que ele tem 100% de razão sobre o atraso, mas que a "FIFA não está acima da soberania do Brasil". Ele encerrou dizendo que seguirá defendendo a mesma no plenário federal.

Nenhum comentário: