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| Montagem fotográfica dos mártires de Chicago, 1887 |
Não haveria 1º de Maio se não fosse por eles, mas a cada ano menos gente sabe quem foram os mártires de Chicago.
Em 1887, a luta de classes fervia no seio da Revolução Industrial americana, e os trabalhadores construíam suas organizações de luta de massas inspirados pelas ideologias revolucionárias trazidas da Europa pelos imigrantes alemães, espanhóis, italianos e russos. Em 1º de Maio de 1887, é deflagrada uma greve geral na cidade de Chicago, por todas as reivindicações que hoje fazem parte das leis trabalhistas de qualquer país decente. Mas a polícia atua com vigor, e uma bomba arremessada por provocadores a serviço dos patrões explode na praça Haymarket durante um comício de apoio à greve, matando pessoas inocentes, inclusive crianças.
Cinco operários, quatro deles imigrantes alemães (Spiels, Parsons, Lingg, Engel e Fischer) são presos e acusados injustamente do crime. Não por acaso, são anarquistas e líderes sindicais de peso. A imprensa manipula o episódio e joga a opinião pública contra os trabalhadores. A greve é derrotada e os protestos em escala mundial não conseguem salvar os cinco companheiros, que seriam enforcados em Novembro.
Em sua memória, a recém-fundada Segunda Internacional decreta, em 1889, que doravante o dia do início da greve heróica será uma data de protesto, luto e solidariedade para os trabalhadores de todos os continetes. Nestes dias em que a luta recrudesce, façamos uma pausa para homenagear todos os que viveram e morreram na luta por um mundo mais justo e humano. Confiamos que sua memória nos animará a seguir adiante, até a vitória final.
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