2 de mai. de 2013

5.394 mortes no trânsito de SP em 2011

Pedestres lideram o ranking de mortes no trânsito em São Paulo

Das 5.394 mortes no trânsito notificadas em todo o estado de São Paulo em 2011, 2.114 (39%) foram pedestres, 1.721 motociclistas, 1.273 passageiros de veículos automobilísticos e 286 ciclistas. Em 2010, o número de mortes de pedestres por atropelamento em São Paulo foi 9% menor, com o registro de 1.968 óbitos no estado. Os dados , divulgados hoje (2), constam de um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde.
“De todas as vítimas que sofrem acidentes de trânsito, os pedestres são aqueles que morrem mais. Isso já é uma coisa previsível porque se levarmos em consideração a energia envolvida entre colisões de dois objetos, sendo uma delas o pedestre, essa energia transferida para o pedestre é muito grande comparada com a de uma pessoa que está dentro de um veículo. Dentro de um veículo existe uma série de equipamentos de proteção e de estruturas metálicas que vão absorver essa energia. Já o pedestre não. Toda energia envolvida numa colisão é transferida para o corpo, causando lesões graves, muitas vezes incompatíveis com a vida”, explicou Gustavo Feriani, supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgência (Grau) da secretaria, em entrevista à Agência Brasil.
O pedestre, segundo Feriani, pode ter “lesões de todos os órgãos”, pois geralmente sofre dois impactos: um contra o veículo e o outro contra o chão. “O mais comum é ele ter fraturas de membros, de bacia e trauma de crânio”, disse.
Os automóveis são os principais responsáveis pela morte de pedestres, seguidos pelos ônibus e veículos motorizados de duas ou três rodas, indicou o levantamento. O número de internações de pedestres, de acordo com a pesquisa, cresceu: passou de 10.155 em 2010 para 10.548 em 2011.
Feriani ressaltou a importância do pedestre respeitar a sinalização para evitar o atropelamento. Segundo ele, a pessoa deve sempre atravessar a rua na faixa ou usar as passarelas, olhar para os dois lados antes de iniciar a travessia e respeitar os sinais de trânsito.

Elaine Patricia Cruz - Agência Brasil
Edição: Aécio Amado

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