Israel já praticamente deu como "missão cumprida" a atual operação contra os palestinos na Faixa de Gaza.Resultado: mais de 2 mil palestinos assassinados, a maioria mulheres e cerca de 1/4 são crianças. Toda infra-estrutura de Gaza foi destruída: centrais elétricas, hospitais, escolas, universidades, prédios do governo, pontes e centenas de bairros.
São dezenas de milhares casas destruídas e centenas de milhares de desabrigados em um território de 32 km2 onde vivem 1,8 milhões de pessoas, cercadas por muros e por um violento bloqueio de Isarel.
por Thomas de Toledo
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Desde 2006, Israel não permite que alimentos, remédios e todos os tipos de bens de consumo entrem em Gaza, que se tornou um gigantesco campo de concentração, o maior do mundo já construído. A fome, a pobreza e a precaridade são as marcas de Gaza, que é proibida de ter portos, aeroportos, rodovias ou ferrovias para se conectar ao restante do mundo. A situação só não é mais dramática por que os palestinos construíram túneis para contrabandear alimentos, o que alivia um pouco a fome dos que conseguem pagar.
Enquanto isto, do outro lado do pouco território palestino que sobrou, na Cisjordânia, Israel segue construindo gigantescos complexos residenciais nos territórios palestinos. Ao mesmo tempo, Israel cria muros de 8 metros que confinam os palestinos de maneira similar à que fazem em Gaza. Para esses palestinos se locomoverem, é preciso atravessar diariamente check-points nos quais sofrem todos os tipos de humilhações e punições coletivas. Nas cidades ocupadas por Israel, há ruas onde palestinos são proibidos de circular.
O fim da atual operação militar em Gaza não encerra o drama palestino. Ela ajudou a revelar ao mundo a estratégia lenta e gradual de Israel de sufocar brutalmente a resistência e segregar aqueles que habitam suas terras até terminar de expulsá-los ou matá-los em levas anuais. Isto tem por objetivo inviabilizar qualquer possibilidade de criação de um Estado livre e independente.
Mas a causa palestina não está perdida. A unidade das forças políticas palestinas e uma ampla solidariedade internacionalista serão capazes de derrotar o sionismo e devolver a paz à "terra santa". Esta será uma vitória da humanidade.
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