22 de jan. de 2015

A Indonésia não é aqui... ainda bem!

Mulher sendo preparada para um apedrejamento,
culpada por “adultério”. Mas tudo bem, não é mesmo?
Afinal, é a lei.
Mensagens de admiração pela Indonésia, por ter executado traficante brasileiro, dizem que  o país asiático serve de exemplo para o Brasil que estimula a impunidade.

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

As mensagens que circulam na Internet elogiando as autoridades da Indonésia beiram a estupidez. Coisas do tipo “A Indonésia sim que é um modelo de correção e cumprimento às leis. Lá os criminosos não ficam impunes” , foram repetidas milhares de vezes nas redes sociais, simplesmente pelo fato de um traficante brasileiro ter sido executado no último sábado (17).

Desde quando um país pode ser considerado sério só porque é intolerante com o tráfico de drogas? Não precisa ir muito longe não, basta uma pesquisa rápida no Google para descobrir que os Indonésios são um dos povos mais corruptos do mundo, principalmente as autoridades constituídas.

Lí um depoimento de uma internauta que assina Ana Becker e que morou no país asiático, que reforça o que encontrei na pesquisa que fiz. Conta ela que "em uma das minhas entradas no país tive que dar meu telefone para o agente da imigração, que ameaçou retê-lo caso eu não liberasse o número. Vários amigos tiveram bolsas abertas na salinha da imigração. “Ah, brasileiro? Meu filho adora futebol. Vai gostar muito dessa camiseta do Ronaldo”. Pegavam, numa boa, e saíam fora."

Em outro trecho ela relata que "Quando eu morava lá , um morador do meu prédio me quis presa. O motivo: um amigo meu me encontrou no saguão. Ele chorava, desesperado, com um problema pessoal. Eu abracei o guri pra consolá-lo. Um abraço, e o cara me queria na cadeia. As leis, as interpretações das pessoas, os absurdos.

Que mal eu causei com um abraço? Feri a moral & os bons costumes de uma sociedade majoritariamente muçulmana que acredita que isso possa ser uma afronta social."

No momento, o mesmo governo que matou Archer tenta evitar que a Arábia Saudita execute Satinah Binti Jumadi Ahmad, uma trabalhadora doméstica indonésia que está no corredor da morte naquele país desde 2010 por rubar e matar o seu patrão. 

Em um estudo da Transparência Internacional divulgado no ano passado, 89% dos entrevistados disseram que o parlamento da Indonésia é corrupto ou extremamente corrupto. Questionados sobre a sensação de corrupção, 54% afirmaram que ela aumentou nos últimos dois anos.

O país de mais de 230 milhões de habitantes, o quarto mais populoso do mundo, ocupa apenas o 108º lugar no último ranking de Desenvolvimento Humano divulgado pela ONU, atrás do Brasil, que está na 79ª posição.

Danang Widoyoko, coordenador da organização "Indonesia Corruption Watch", entidade que realizou o estudo, indicou que o desfalque de fundos públicos causou as maiores perdas e que o investimento público é o setor estatal mais afetado.

Mais de metade das perdas decorreu do desfalque de fundos públicos, o método mais utilizado após a aprovação de projetos fantasma e sobrevalorização de custos.

Ainda bem que a Indonésia não é aqui

com informações de Agências de Notícias

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