Restaurante Comunitário do Gama |
Sem fiscalização do governo, Restaurante Comunitário do Gama enrola e constrange população
Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
Justificando o título da matéria: a maioria das pessoas chama o Restaurante Comunitário de "Rorizão", pelo fato de ter sido o ex-governador Joaquim Roriz quem implantou a primeira unidade no Distrito Federal.
Voltei ao Restaurante Comunitário do Gama nesta terça (27), para almoçar e para conferir se antigos problemas haviam sido resolvidos mas, para minha decepção, constatei que nenhum deles foi solucionado e, o pior de tudo, novos problemas foram criados.
Os ratos voadores
A começar pelo constrangimento, no mínimo, de almoçar com aquela enorme quantidade de pombos disputando seu prato com você. Em 2014, após denunciar a invasão de pombos no local, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social e Transferência de Renda, SEDEST, informou-me que os pombos estão protegidos por Lei Ambiental e não podem ser abatidos.
Os pombos circulam livremente Clique para ampliar |
Garanto que em qualquer restaurante chique do Plano Piloto, frequentado pela elite de Brasília, esse problema não existe. Como o Restaurante Comunitário do Gama é frequentado, em sua grande maioria, por pessoas de baixa renda, o problema é ignorado pelo governo.
As patologias causadas por pombos:
Criptococose:
doença causada pelo fungo Cryptococus neoformans. É transmitida pela inalação da poeira contendo fezes secas de pombos e canários. Compromete o pulmão e pode afetar o sistema nervoso central, causando alergias, micose profunda e até meningite subaguda ou crônica. Seus sintomas são: febre, tosse, dor torácica, podendo ocorrer também dor de cabeça, sonolência, rigidez da nuca, acuidade visual diminuída, agitação e confusão mental.
Histoplasmose:
transmitida pela inalação do esporo do fungo Histoplasma apsulatum encontrado em fezes secas de pombos e morcegos. Causa uma micose profunda e seus sintomas variam desde uma infecção assintomática até febre, dor torácica, tosse, mal estar geral, anemia, etc. É uma doença que vai depender do estado de saúde do indivíduo, podendo assim se desenvolver ou não.
Salmonelose:
As aves disputam comida com as pessoas Clique para ampliar |
Ornitose:
também conhecida como psitacose, é transmitida por via oral por meio da poeira contendo as fezes secas de aves (pombo, arara, papagaio, perus) e infectadas pela Chlamydia psittaci. O indivíduo infectado pode apresentar febre, vômito, calafrio, mialgia, tosse, cefaléia, acompanhados por comprometimentos das vias aéreas superiores e inferiores. Essa doença é oportunista, isto é,depende do estado de saúde do indivíduo.
Dermatites:
parasitose causada pelo piolho do pombo (ácaros, Ornithonyssus sp.), que provoca erupções na pele e coceiras semelhantes às de picadas de insetos.
Alergias:
ocasionadas pela inalação de penugens de pombos ou de um ar rico em poeira das fezes dos pombos. Pode causar rinites, ou crises de bronquite em pessoas sensíveis.
Outro problema que persiste, principalmente pela falta de fiscalização do governo, é a quantidade de comida servida nas refeições.
Segundo tabela da própria SEDEST, exposta na entrada dos restaurantes, a proteína animal servida (carnes) deve pesar 300 gramas, no mínimo. Não há necessidade de balança no local para se constatar que a quantidade servida é bem menor. No almoço de hoje, por exemplo, eles serviram dois pedaços minúsculos de coxa de frango assada...e dura.
A questão não é se a refeição custa R$ 1,00 ou se é direcionada para pessoas de baixa renda. A questão é que a empresa que administra o restaurante recebe um valor para servir uma quantidade de comida e serve bem menos, o que não aconteceria se o governo fiscalizasse o serviço.
Problema novo
A refeição dos Restaurantes Comunitários é composta de salada, uma proteína animal, três acompanhamentos, uma sobremesa e um copo de 200 ml de refresco industrializado, conhecido popularmente como "pozinho da morte".
Um rapaz que estava acompanhado por uma jovem, após ser servido, pegou dois copos do refresco e dirigiu-se à mesa para fazer sua refeição. Após ter iniciado seu almoço, uma das técnicas em nutrição que trabalha no local, dirigiu-se à mesa onde o casal estava sentado e em uma atitude descortês, arrogante e antiprofissional, pegou um dos copos de refresco do rapaz dizendo que ele tinha direito a um só copo.
Visivelmente constrangido, o jovem perguntou se ela não iria tomar o prato dele também. A funcionária, mais arrogante ainda, disse que "se você não quiser mais pode colocar ali", apontando para o balcão de recolhimento dos pratos.
Sabemos que para quase todas as situações da vida existem regras, mas também existe uma coisa que essa funcionária desconhece, o bom senso. Ela poderia muito bem ter se dirigido ao cliente e informá-lo, educadamente, que o valor da refeição dá direito a um só copo de refresco, que se acontecer novamente ela será obrigada a pedir a devolução do copo pego a mais, em respeito ao direito das outras pessoas também.
O artista plástico Mario Salluz, que também almoçou no restaurante hoje, dirigiu-se a funcionária e disse-lhe que ela não deveria ter agido daquela forma, que atitudes como aquela deixa qualquer pessoa constrangida. O que Mario teve como resposta foi um sonoro e seco "eu estou ciente de minhas atribuições".
Pelo visto além dos pombos e da quantidade de comida a menor, o Restaurante Comunitário do Gama conta com pessoas sem nenhuma qualificação para o trato com o público.
Esperamos mais atitude desse governo do PS(D)B!!
4 comentários:
Parabéns pelo excelente texto.Você falou por aqueles que têm a voz abafado por pessoas como esta "senhora" que se diz no "cumprimento do seu dever" esquecendo que o próximo está bem ali ao lado. Bravos, Joaquim!!
Obrigado Dayse. Beijos
venho por meio desta informar sobre as invasoes dos pombos, existem a soluçao na hora assista o youtube jose de pontes
os pombos urbanos, eles estao matando seres humanos, a soluçao jose de pontes
jose.c.pontes@hotmail.com
Obrigado pela colaboração Josè de Pontes
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