Movimentos sociais e estudantis pressionam vereadores de Teresina e Feliciano não é homenageado
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
Os vereadores da Câmara Municipal de Teresina, cancelaram a votação do projeto que concederia o título de cidadão teresinense ao deputado federal e pastor Marco Feliciano, PSC/SP, no último dia 7. A votação foi cancelada devido a grande pressão dos movimentos sociais, estudantil e de defesa dos direitos LGBT, que ocuparam a Câmara para pressionar contra a aprovação do projeto de autoria do vereador Ricardo Bandeira (PSDC). Seis vereadores assinaram a proposta de modo a apoiar a concessão do título à Feliciano: Levino de Jesus (PRB), Tiago Vasconcelos (PSB), Celene Fernandes (SDD), Antônio Aguiar (Pros), Ananias Carvalho (SDD) e Joninha (PSDB).
Segundo o vereador e também pastor, Levino de Jesus, a votação foi cancelada porque “Houve uma repercussão que a gente não imaginava. Mas eu acredito que vamos conseguir aprovar porque nenhuma proposta de concessão de título de cidadania foi rejeitada nessa Casa”, disse o vereador.
Já a vereadora Rosário Bezerra, PT, discorda de Levino e acredita que o projeto não será mais colocado na pauta de votações, devido a grande repercussão negativa que teve a proposta, ela afirmou que “seria necessária a aprovação de 2/3 da Câmara, ou seja, 20 vereadores. Eles viram que não iriam conseguir, mas se decidirem insistir, a gente derruba”, garante Rosário.
Marinalva Santana, militante do movimento LGBT, denunciou que o projeto é uma afronta à Lei Orgânica do município, porque “um título só deve concedido para quem tem ações prestadas à comunidade. Não entendemos porque Marco Feliciano merece ser cidadão teresinense. Os vereadores estão banalizando uma honraria muito importante”, defende Marinalva.
Os militantes da União Brasileira dos Estudantes, UNE, e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, UBES, alertaram para uma possível manobra com o adiamento da votação, que pode ser uma tentativa de silenciar os movimentos que se opõem à concessão do título. “Mas isso não vai nos cansar. Se precisar, viremos todos os dias aqui para evitar a aprovação desse projeto”, declarou Roney Rodrigues, da UNE.
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