18 de jun. de 2015

ONU diz que insetos serão os alimentos do futuro

reprodução
Para ONU, insetos serão os alimentos do futuro como forma de combater a fome no mundo

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

Acrescentar insetos no cardápio da população, será uma das alternativas para combater o déficit na produção de alimentos no mundo. É que diz a FAO, agência da ONU para assuntos de alimentação e agricultura.

Um estudo realizado há cerca de 5 meses pela FAO, estima que 2 milhões de pessoas no mundo, aproximadamente 28% da população, já consomem insetos regularmente em suas refeições. O relatório da agência identificou 1909 espécies de insetos comestíveis, sendo que 38% deles são besouros ou escaravelhos, seguidos pelas lagartas, 18%; abelhas e formigas, 14% e gafanhotos, 13%. No cardápio constam ainda libélulas, cigarras e moscas.

O consumo de insetos vem sendo defendido cada vez mais por especialistas, como uma das melhores formas de aumentar a oferta de alimentos à população mundial. Embora o crescimento populacional do planeta tenha desacelerado nos últimos anos, especialistas acreditam que seremos 9 milhões de pessoas em 2050, neste nosso planeta azul e que se, alternativas de produção de alimentos não forem encontradas rapidamente, os governos terão muitas dificuldades para alimentar tantas bocas.

Para exemplificar, a FAO divulgou um dado interessante sobre os custos na produção de alimentos. Para criar uma vaca nos EUA, por exemplo, são necessários quase 10 quilos de ração ou pasto para cada quilo adicional que o animal adquirir. Depois de abatido, segundo a FAO, só se aproveitam cerca de 40% da vaca para alimentação, na prática, são necessários 25 quilos de alimento para produzir 1 quilo de carne bovina. 1 quilo de bife implica, também, no consumo de 22 mil à 43 mil litros de água.

O estudo afirma que os insetos, por sua vez, são mais eficientes, sobretudo porque tem sangue frio e não gastam energia para manter a temperatura do corpo. Para um grilo são necessários 1,7 de alimentos para 1 quilo do inseto vivo, entretanto, 80% dele pode ser consumido. O resultado, na prática, é que são necessários 2,1 quilos de alimento para produzir 1 quilo do inseto pronto para o consumo, menos de 1 décimo do que necessário para uma vaca.

O estudo afirma ainda que os insetos são ricos em proteína e possuem alta concentração de ferro, cálcio e gorduras boas.

com informações de portugalmundial

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