20 de ago. de 2015

Rollemberg demite servidora em fase de amamentação

Reprodução do Facebook
Servidora que estava de licença-maternidade, amamentando o filho de 4 meses, foi demitida pelo governo "socialista" de Rollemberg.

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho


Jeanne Lina  trabalhava na Casa Civil do Governo do Distrito Federal, GDF, desde o início do mandato do ex-governador Agnelo Queiros, mas foi exonerada do cargo que ocupava na última terça-feira (18), mesmo estando de licença-maternidade. Jeane, que está no período de amamentação do seu filho de 4 meses, recebeu com surpresa a notícia e disse que a exoneração a deixou "sem chão".

A ex-servidora reconhece que não há irregularidade na sua demissão, mas admite que a motivação foi política, por ela fazer parte dos quadros do Partido dos Trabalhadores, PT, e o partido do governador estar cada vez mais à direita, ideologicamente.

Em seu perfil de uma rede social, Jeane publicou um desabafo onde, entre outras coisas, afirma que "é imoral exonerar grávidas, lactantes em licença maternidade, pessoas em licença médica e qualquer outra situação que se deva proteger e não excluir".

Confira:

"No dia que meu filhote completa quatro meses recebo exoneração da minha função no Governo do Distrito Federal.

Tenho, obviamente, diversas considerações a fazer e não teria pq não fazê-las.

1) Meu vínculo, mesmo que temporário, é com o Estado do Distrito Federal e não com o Governo do Distrito Federal

2) Independente de ideário político quem tem vínculo com o Estado deve exercer suas funções e prestar seus serviços à comunidade de maneira competente. Foi o que fiz nos meses que estive no atual Governo, no final da gestação.

3) Defendia, desde a campanha, que o PT disputasse o PSB. O PSB hoje caça os petistas e se aproxima cada vez mais da direita de Aécio. Uma pena, eu acreditava no S de Socialismo. E, de fato, confesso que ainda tenho esperanças de estarmos do mesmo lado da luta.

4) Sei da situação financeira do GDF, mas também conheço de perto a gestão do Distrito Federal. E também o perfil de quem trabalha na estrutura. Portanto, foi uma decisão política, apesar do ítem 1.
5) Não é ilegal fazer a exoneração, desde que haja a indenização devida. Aguardemos os próximos capítulos.

6) Porém é imoral exonerar grávidas, lactantes em licença maternidade, pessoas em licença médica e qualquer outra situação que se deva proteger e não excluir

7) Se eu tivesse com a caneta, certamente priorizaria a exoneração dos que lá estão e não estão, de fato, à serviço da comunidade como deveriam estar todos os servidores públicos, seja com vínculo ou sem.

8) Enquanto países, incluindo o Brasil, discutem a ampliação da licença maternidade para um ano, a minha é interrompida aos quatro meses

9) Tinha direito a seis meses de licença maternidade. Aguardemos o item 5

10) É uma atitude acima de tudo machista e desumana! 
Há quem defenda que são as regras do capitalismo. 
Afinal, estar no segundo escalão da Casa Civil e não conhecer o Secretário novo que acaba de chegar, não se sustentaria. 

Eu chamo isso de machismo capitalista. Interromperam meu direito à licença maternidade.
11) Eu, com 15 dias de vida, fui para creche e minha mãe guerreira voltou às suas atividades. Nos adaptaremos com certeza.

12) Fiquei, sim, sem chão. Afinal, a ideia era lamber a cria até o último dia. E preparar o terreno para que tudo fosse uma adaptação tranquila para o pequeno. Faremos o possível.

13) Estou de volta à praça. Já já começo a distribuir meu CV[Currículum Vitae].

‪#‎ÀLuta‬"

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