16 de jun. de 2016

Delator tenta incriminar deputada comunista

Jadira Feghali, PCdoB/RJ Foto Joaquim Dantas
Jadira Feghali, PCdoB/RJ
Foto Joaquim Dantas
Delator da Lava Jato diz que repassou propina para campanha de deputada comunista
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse que repassou propina para inúmeros políticos de vários partidos, entre eles a deputada federal Jandira Feghali, PCdoB-RJ.

O delator citou também  Cândido Vaccarezza (PDT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luis Sérgio (PT-RJ), Edson Santos (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Ideli Salvatti (PT-SC), Jorge Bittar (PT-RJ), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Valter Alves (PMDB-RN), José Agripino Maia (DEM-RN), Felipe Maia (DEM-RN), Sergio Guerra (PSDB-PE, morto em 2014), Heráclito Fortes (PSB-PI) e Valdir Raupp (PMDB-RO). Michel Temer pediu ao depoente que obtivesse doações oficiais para Gabriel Chalita, então candidato a prefeito de São Paulo”, acrescentou o depoimento.

O depoimento de Machado foi tornado público nesta quarta-feira (15), por decisão do ministro Teori Zavascki, que decidiu retirar o sigilo do caso.

Em nota a deputada Jandira Feghali repudiou as declarações de Machado e disse que nunca participou de qualquer esquema criminoso com a Transpetro ou qualquer outra empresa. Jandira disse ainda que processará o delator.

Confira a íntegra da nota:

NOTA

Sobre o conteúdo do depoimento do Sr. Sérgio Machado, amplamente divulgado hoje, informo que:

1. Nunca neguei que estive em algumas ocasiões com o então presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Foram encontros públicos, reuniões do setor da indústria naval, inaugurações, episódios vinculados aos mais de 30 anos de luta em apoio e soerguimento do setor naval e defesa de seus trabalhadores;

2. Todas as doações recebidas em minhas campanhas eleitorais foram lícitas, registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral;

3. Nunca conheci ou participei de qualquer conduta, ou esquema criminoso envolvendo a Transpetro e jamais aceitaria doações se pudesse supor serem de origem ilícita;

4. Repudio a tentativa de criminalizar as doações feitas segundo as leis à época vigentes, portanto legais e públicas e qualquer tentativa de vincular meu nome ao recebimento de propina;

5. O autor de tais afirmações será criminalmente processado por calúnia e difamação;

6. Se Sérgio Machado reconhece e participou de esquema de corrupção que o beneficiou, que responda por seus atos.
  
Jandira Feghali

Deputada Federal (PCdoB/RJ)

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