24 de jun. de 2016

Erro de português virou caso de polícia

Saiba como um erro de português escrito em cartaz virou caso sério de polícia na Paraíba
No cartaz estava escrito "Oferta imperdível. Chip Vivo. R$ 1 com aparelho". Ao ler, o professor Aurélio Damião, 38, considerou a proposta irrecusável.

Com R$ 4 no bolso, ele entrou na loja localizada no centro de Guarabira, agreste da Paraíba, e pediu chips -- com os quatro aparelhos celulares correspondentes. Ele havia registrado a oferta com uma foto antes de ir ao trabalho e decidiu fazer a compra no final do expediente.

"Passei na loja e pedi: me veja quatro aparelhos de R$ 1 da promoção", contou Damião.

O atendente da loja "explicou" o anúncio. Na verdade, disseram, o redator queria dizer que os chips da operadora em questão sairiam por R$ 1 no caso da compra de qualquer celular adquirido pelo preço normal de tabela.

Erro de português virou caso de polícia
A confusão começou. O professor acionou a polícia, que levou todo mundo para o 4º DP (Distrito Policial).

"Eles [os funcionários da loja] tentaram me humilhar, ameaçar, iludir, mas não arredei o pé e esperei a presença da PM", conta o professor. "A polícia orientou que deveríamos ir à delegacia já que a loja se negava a cumprir o anunciado", contou Damião, destacando que sempre observa erros gramaticais em anúncios.

Na delegacia, as partes chegaram a um acordo. Damião recebeu a doação de um vale de R$ 100 para aquisição de um aparelho. Com chip. "Caso não chegassem a um acordo, teria de se usar a Justiça e as partes resolveram se entender logo", disse um agente do 4º DP.

Queria dar uma lição
Damião voltou à loja e escolheu um aparelho com dois chips mais câmera. A nota fiscal veio no valor de R$ 98,70. O caixa da loja tentou devolver o troco de R$ 1,30, relata o cliente. "Deixei de caixinha", conta.

"Fiz isso para que eles aprendam a escrever de forma correta e nos respeitem como consumidor", afirmou o professor que leciona história, filosofia e sociologia.

A reportagem do UOL tentou contato com a Eletro Shopping Guarabira, que preferiu não comentar o assunto.

Fonte: UOL

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