Através da substituição do DNA comum das plantas pelo das bactérias luminescentes que pertencem aos vagalumes e águas-vivas, o designer garante que as plantas podem brilhar no escuro
Um designer holandês chamado Daan Roosegaarde tem dedicado seu tempo no estudo da bioluminescência, característica genética responsável por fazer algumas espécies de cogumelos e águas-vivas brilharem naturalmente. Há alguns meses, o designer firmou uma parceria com a empresa de tecnologia BIoglow e Universidade do Estado de Nova York, com o objetivo de aplicar a mesma característica em plantas comuns.
“Quando uma água-viva vai ao fundo mar, ela cria sua própria luz. Não há bateria, painel solar ou conta de energia. Ela simplesmente brilha. O que podemos aprender com isso?”, questionou Daan, em entrevista ao site Dezeen. Após realizar uma série de testes, a equipe de pesquisadores veio a público anunciar as primeiras plantas modificadas geneticamente que podem brilhar no escuro.
De acordo com o designer, a solução baseia-se no princípio de substituição dos DNAs comuns das plantas pelo das bactérias luminescentes, fazendo com que elas adquiram a nova característica. Desta forma, as plantas passam a emitir uma luz similar à mesma encontrada em vagalumes e águas-vivas.
Com a nova fórmula encontrada, o designer concentra-se agora na aplicação em larga escala dessas plantas em espaços públicos como ruas e praças, substituindo o sistema de iluminação tradicional. Com isso, a ideia é de que os cientistas passem a trabalhar com o mesmo processo de modificação genética em árvores.
O grande impasse para implantar a nova iluminação natural, é que a Holanda, assim como toda União Europeia, não permite o uso de plantas geneticamente modificadas, fazendo com que o designer e sua equipe tenham que realizar suas experiências nos Estados Unidos.
Para resolução do problema, a Bioglow confirmou que está desenvolvendo uma solução alternativa para o continente europeu, através de uma fina camada de tinta que também brilha no escuro. Todo o projeto ainda está em fase de testes e pesquisas, mas a ideia é de que em alguns anos um novo sistema de iluminação público passe a existir.
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