Manuela D'ávila, Lula e Boulos em ato antifascista em Curitiba Foto WatsApp |
Atentado fascista com tiros nos ônibus da caravana de Lula que percorre o Sul do país, não foi contra o ex-presidente, foi contra a democracia
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
Desde que começou a percorrer os estados do Sul do Brasil, a caravana de Lula tem sofrido ataques de grupos contrários ao ex-presidente.
Esses ataques vão desde arremesso de ovos e pedras aos ônibus da comitiva ao fechamento de rodovias por onde ela passa.
Nesta terça-feira (26) esses grupos, em uma atitude nitidamente fascista, dispararam tiros de arma de fogo contra os ônibus e jogaram pregos nas pistas entrelaçados, conhecidos como Miguelitos, com a intenção de furar os pneus dos veículos.
No dia anterior, em um ato em Curitiba, uma militante do Partido dos Trabalhadores foi agredida por um grupo de extrema direita e precisou ser hospitalizada com ferimentos graves.
Manifestações dessa natureza, por si só, são gravíssimas. Mas quando veículos de comunicação como a #GloboGolpista tenta minimizar o ocorrido, torna-se ainda mais grave.
Em sua edição do Jornal Nacional desta quarta-feira (27), após noticiar a repercussão do fato causada no meio político, o âncora do jornal disse que a "emissora teve acesso ao relatório da Polícia Rodoviária Federal", que acompanhava a comitiva, onde constava que "os agentes não visualizaram nada de anormal durante o percurso e que só perceberam que alguma coisa tinha acontecido quando um dos ônibus parou com os pneus furados pelos pregos".
As próprias imagens exibidas pela emissora com manifestantes enfurecidos atacando os ônibus, desmentem essa versão, pelas imagens mostradas nem um cego deixaria de perceber que alguma coisa de anormal estava acontecendo ali, por causa dos gritos e xingamentos dos fascistas enfurecidos.
A mensagem subliminar que ficou clara foi a de que a reportagem sugeria que a agressão não partiu dos manifestantes contrários a Lula, já que os agentes da PRF "não visualizaram nada de anormal durante o percusso". Será que a emissora sugere que foram os próprios petistas que dispararam os tiros, como afirmou Bolsonaro em um comício também em Curitiba?
É inquestionável que vivenciamos um confronto de classes, que o fascismo avança à passos largos e que se as forças progressistas e democráticas do país, não se unirem, nós bem sabemos onde isto pode acabar, em mais assassinatos covardes como os Marielle Franco e o de seu motorista Anderson Pedro,
Vale lembrar que com o fascismo não se dialoga, o fascismo se combate.
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