Tônia Carrero tem passagens marcantes pela TV, cinema e teatro Foto: Reprodução da internet |
Morre Tônia Carrero, um ícone do cinema, teatro e televisão
Atriz de 95 anos passava por uma cirurgia numa clínica particular quando teve uma parada cardíaca e não resistiu
por JC Online
Faleceu, na noite deste sábado (3), no Rio de Janeiro, a atriz Tônia Carrero, uma das mais consagradas artistas brasileiras, com passagens marcantes pelo cinema, pela televisão e pelo teatro. Segundo familiares, Tonia Carrero estava passando por cirurgia numa clínica particular da Gávea, quando teve uma parada cardíaca e não resistiu. Ela tinha 95 anos de idade.
Atriz de uma beleza clássica, Tônia Carrero foi a grande estrela da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, que marcou época na cinematografia brasileira. Atuou em filmes como “Apassionata” (1952), de Fernando de Barros; “Tico-tico no Fubá” (1952), de Adolfo Celi; e “É Proibido Beijar” (1954), de Ugo Lombardi.
Na televisão atuou por muitos anos na TV Globo, onde se destacou em papéis como o da sofisticada Stella Fraga Simpson de "Água Viva" (1980), novela de Gilberto Braga, e "Louco Amor" (1983), também de Braga, onde interpretou Mouriel. Também participou de "Senhora do Destino", "Um Só Coração", "Esplendor", "Sangue do Meu Sangue", "Kananga do Japão", "Sassaricando", "Cara a Cara", "Uma Rosa com Amor"
Foi do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e depois montou sua própria companhia, ao lado do amigo Paulo Autran e do então marido, Adolfo Celi. A Tônia-Celi-Autran celebrizou-se pela montagens de grandes clássicos do teatro.
Biografia
Seu nome de batismo era Maria Antonietta Portocarrero Thedim e ela nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto de 1922. Tônia era filha do general Hermenegildo Portocarrero, chamado de Barão por causa de um título dado à sua família em gerações anteriores. Engenheiro, o general foi por muitos anos diretor do Colégio Militar. Seus dois filhos mais velhos eram militares como ele.
Mas o general era também um homem das artes, admirador do teatro e amigo de Procópio Ferreira, Walter Pinto, Jaime Costa, Carlos Machado, Oscarito, Dulcina de Moraes e tantos outros nomes célebres. Desde cedo a pequena Maria Antonietta demonstrou interesse pela a dança e o teatro e isso contrariava muito a sua mãe, Zilda, uma dona de casa severa que achava que a filha devia viver para casar e constituir família, como ela e a maioria das mulheres de sua geração.
Tônia formou-se em educação física. Casou-se muito cedo com o artista plástico Carlos Arthur Thiré, com quem começou a namorar aos 14 anos e com quem teria seu único filho, Cecil Thiré. Com Carlos Arthur Tônia morou em Paris, onde estudou artes dramáticas. Foi no retorno ao Brasil que sua carreira engrenou.
Com a saúde debilitada, há cerca de nove anos ela havia perdido a fala e os movimentos das mãos e das pernas. Em 2000 ela foi diagnosticaca com hidrocefalia oculta e vivia reclusa em sua casa, na Zona Sul do Rio. Além do filho, Cecil, Tônia deixa quatro netos. Três deles são atores, como ela e Cecil: Miguel Thiré, Luísa Thiré e Carlos Thiré.
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