Por Altamiro Borges
O Jornal Nacional, o telejornal de maior audiência no país, expressa fiel e caninamente a opinião da famiglia Marinho, dona do império global. Willian Bonner, o âncora do noticiário, é apenas um ‘laranja’ da TV Globo. O que ele fala, em tom quase sempre formal e grave, é o que pensam os patrões.
Na edição desta segunda-feira (19), o famoso apresentador teve a caradura de comparar a política ambiental do devastador Jair Bolsonaro com a conduzida pelo governo Lula. Na reportagem sobre as aterrorizantes queimadas e desmatamentos em várias regiões do país, Willian Bonner fez questão de citar o ex-presidente.
O governo Lula projetou o Brasil no mundo, entre outros méritos, exatamente pela política ativa em defesa do meio ambiente. Foi em sua gestão que se criou o Fundo Amazônia, em 2008, e firmou-se a parceria com a Noruega e Alemanha para preservar a floresta. Já em 2009, o país assumiu, na Cúpula de Copenhague, em 2009, a liderança da discussão sobre proteção ambiental e mudanças climáticas no mundo. O ex-presidente ainda criou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, para gerir as Unidades de Conservação federais, e ampliou em 52,9% as áreas de proteção ambiental.
Ao mesmo tempo, outra marca distintiva do governo Lula – e Dilma – foi sua política externa altiva e ativa. Na defesa do meio ambiente, os governos democrático-populares sempre defenderam a soberania nacional e a Amazônia contra qualquer ingerência ou saque das potências estrangeiras.
Bem diferente do “capetão” Jair Bolsonaro, que finge defender a soberania – mas presta continência à bandeira dos EUA e fala abertamente em entregar a Amazônia à exploração imperialista. Ao mesmo tempo, o atual governo incentiva explicitamente o desmatamento, o fim das áreas de proteção e das reservas indígenas. Seu ministro do Meio Ambiente, já batizado de "office boy do desmatamento", inclusive já foi condenado por crime ambiental e é alvo de processos em função do seu meteórico enriquecimento
O “jornalixo” apresentado por Willian Bonner no JN imediatamente foi alvo de críticas nas redes sociais. Os internautas ironizaram a tentativa de comparar dois governos e duas políticas tão distintas. No mesmo rumo, o Instituto Lula divulgou nota criticando a emissora: “O poder da Globo não lhe dá o direito de continuar mentindo, distorcendo informações ou modificando a história... Quem não tem moral nenhuma é a Globo, que deixa de fazer jornalismo, para atender aos interesses políticos e econômicos dos seus acionistas, em campanha permanente contra Lula e o PT”.
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