O ministro da Educação, Abraham Weintraub (Foto: Reprodução)
Entrada de Weintraub, que é investigado pelo STF, só foi possível porque sua exoneração ainda não havia sido oficializada, permitindo que ele usasse o passaporte diplomático de ministro
Por Redação Revista Fórum
O governo de Jair Bolsonaro publicou na manhã deste sábado (20) uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) em que oficializa a exoneração de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. O anúncio da demissão foi feito na quinta-feira (18).
A oficialização da exoneração de Weintraub veio minutos após a confirmação de que o ex-ministro fugiu para os Estados Unidos. Se a exoneração tivesse sido oficializada antes do olavista viajar, ele não conseguiria entrar no país, que impôs uma série de restrições para brasileiros.
Ou seja, tudo indica que Weintraub usou o passaporte diplomático de ministro para entrar no país e o governo aguardou que ele o fizesse para oficializar sua exoneração.
Na manhã deste sábado (20), o ex-ministro fez uma postagem no Twitter e, nos detalhes da publicação, é informado que o tuíte foi feito de Miami, na Flórida.
Também pelo Twitter, o assessor especial de Jair Bolsonaro e irmão de Weintraub, Arthur Weintraub, informou que o ex-ministro de fato está nos EUA. “Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA”, postou.
O jornalista Guga Chacra, que vive nos EUA, questionou como Weintraub teria entrado legalmente no país por não ser residente permanente. “Mas como teria entrado no país? Não é residente permanente e tampouco cidadão. Portanto necessitaria duas semanas de quarentena em um terceiro país que aceite brasileiros e cujos viajantes sejam aceitos nos EUA. Turquia, por exemplo. Para Miami, direto, não faria sentido”, explicou Guga.
Também pelo Twitter, o assessor especial de Jair Bolsonaro e irmão de Weintraub, Arthur Weintraub, informou que o ex-ministro de fato está nos EUA. “Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA”, postou.
O jornalista Guga Chacra, que vive nos EUA, questionou como Weintraub teria entrado legalmente no país por não ser residente permanente. “Mas como teria entrado no país? Não é residente permanente e tampouco cidadão. Portanto necessitaria duas semanas de quarentena em um terceiro país que aceite brasileiros e cujos viajantes sejam aceitos nos EUA. Turquia, por exemplo. Para Miami, direto, não faria sentido”, explicou Guga.
Por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter Weintraub na mira do inquérito que apura fake news disparadas contra integrantes da corte e seus familiares.
Weintraub é investigado por ter dito, na reunião ministerial de 22 de abril que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Além disso, ele é alvo de inquérito por racismo contra chineses.
Ao anunciar sua saída do MEC, Weintraub afirmou que foi indicado ao cargo de diretor executivo para o Banco Mundial. A nomeação, no entanto, precisa ser aceita pelos outros países que compõem o bloco com o Brasil.
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