O grito do Ipiranga:
Por Sociedade Racionalista
Via Face Book
O grito do Ipiranga (7/9/1822) formalizou o rompimento das relações metrópole-colônia, iniciadas com a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil.
Em 14 de agosto de 1822, esperando repetir o êxito de uma viagem anterior a Minas Gerais (abril), quando sua presença pacificou os exaltados ânimos mineiros, D. Pedro partiu para a província de São Paulo. Essa província estava agitada por distúrbios internos, que em muito afetavam o prestígio do paulista José Bonifácio, o homem forte do governo. No dia 7 de setembro, retomando de Santos, onde fora inspecionar as defesas do litoral paulista, D. Pedro encontra os emissários do Rio de Janeiro, às margens do riacho do Ipiranga, nos arredores de São Paulo. Depois da leitura da correspondência, que continha novas decisões das Cortes, e das cartas enviadas por José Bonifácio e por D. Leopoldina, sua esposa, D.Pedro proclamou a independência do Brasil, assistido apenas pela comitiva que o acompanhava.
Um grito de independência?
Grito do Ipiranga foi o ato que, simbolicamente, oficializou o rompimento com Portugal; rompimento que, na verdade, se iniciara em 1808, com a transformação do Brasil em sede do Estado português. Portanto, a independência atendeu aos interesses conservadores das elites agrárias, não se alterando, em nada, a velha ordem econômica e social, gerada ao longo da colonização: o latifúndio continuou predominante, a escravidão foi mantida e os laços da dependência econômica com a Inglaterra.
Curiosidades sobre o quadro Grito do Ipiranga, obra do pintor Pedro Américo: O quadro é bonito, porém, a história não foi do jeito que está no quadro, Dom Pedro I não estava montado em um cavalo e nem vestindo trajes de gala. Como estavam vindo de Santos e tinham que atravessar a Serra do Mar, a subida era muito difícil, em geral, utilizavam-se das mulas e dos burros, por isso, é bem provável que Dom Pedro I estivesse montado em uma mula muito menos vistosa e imponente que o cavalo marrom do quadro de Pedro Américo. Muito provavelmente, todos estavam usando trajes simples, sujos e surrados pela longa jornada. Também há divergências sobre o número de pessoas que estão no quadro, historiadores afirmam que o número era muito menor que o mostrado. Além de tudo isso, Pedro Américo ainda foi acusado de ter plagiado a ideia para esse quadro de um outro, chamado 1807, Friedland, de Ernest Meissounier, que retrata a vitória de Napoleão Bonaparte na batalha de mesmo nome.
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