Turnê de grupo pernambucano passa por cidades à beira do Rio São Francisco
Irmãs que têm suas vidas transformadas pela chegada de um forasteiro. Foto: Mariano Czarnobai/Divulgaçao. |
O Poste Soluções Luminosas também incluiu capitais, como o Recife, em circulação regional da peça Cordel do amor sem fim
Um grupo de teatro pernambucano com um nome curioso está promovendo uma turnê de circulação peculiar para um dos espetáculos recentes de seu repertório. Cordel do amor sem fim, que estreou em 2009, traz ao público uma história de amor que se passa na cidade de Carinhanha, à beira do Rio São Francisco. Com incentivo do Prêmio ProCultura de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro de 2010, do Ministério da Cultura, a companhia - que se chama O Poste Soluções Luminosas - está visitando cidades banhadas pelo Rio São Francisco e também capitais de estados do Nordeste e Minas Gerais, que tem o rio em sua geografia.
Até esta sexta-feira, eles estão no Recife no Sesc Santo Amaro, para apresentação da peça (realizada ontem) e oficina de interpretação. Daqui, a equipe de seis pessoas, que inclui o diretor Samuel Santos, segue para Belo Horizonte (Sesc Santa Quitéria, no dia 11 de abril); Pão de Açúcar (25 de abril); Salvador (Sesc Pelourinho, 9 e 10 de maio); Aracaju e Canindé do São Francisco (em Sergipe) e Maceió (em Alagoas).
Na trama, três irmãs - Madalena, Carminha e Tereza, que moram em Carinhanha vêem suas vidas se transformarem com a chegada de um forasteiro. No elenco do Poste, estão Naná Sodré, Thomás Aquino, Agrinez Melo, Eliz Galvão. A sonoplastia é de Diogo Lopes. O texto do espetáculo é de autoria da escritora baiana Claudia Barral e baseado em um fato real ocorrido em Carinhanha, quando uma mulher enlouqueceu por amor. A montagem já recebeu oito prêmios e participou de três festivais de teatro.
"Fazemos sempre um debate após a peça e uma instalação de fotografias. A oficina trata de nossos métodos de atuação, ressaltando a sonoridade e a construção dos personagens, com exercícios lúdicos", conta o diretor do grupo, Samuel Santos. Um dos pontos interessantes da turnê de circulação, segundo ele, é levar o teatro a cidades que não possuem sequer uma sala de espetáculos. "Já fizemos as performances nos locais mais inusitados, como uma estação ferroviária, em Piranhas; ou um hangar de avião, em Paulo Afonso", recorda Samuel. Em Manga, o palco foi montado na beira do Rio São Francisco. Em Ibotirama, numa escola.
Eles obtiveram R$ 100 mil do MinC e boa parte destes recrsos é investido em transporte. As prefeituras das cidades costumam apoiar a companhia, oferecendo hospedagem e alimentação.
Fonte Diário de Pernambuco
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