15 de nov. de 2013

STF expede ordens de prisão contra Dirceu e Genoino

STF expede ordens de prisão contra Dirceu e Genoino
São Paulo – O Supremo Tribunal Federal (STF) expediu hoje (15), mandados de prisão contra o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu e o ex-presidente do PT, José Genoino. Ambos podem ser presos pela Polícia Federal ainda até o fim do dia.
Genoino, deputado federal licenciado, está em casa, na zona oeste de São Paulo. Ele foi considerado culpado da acusação de ter participado do chamado mensalão e deverá cumprir parte da pena em regime semiaberto. Outra acusação, a de formação de quadrilha, terá seu julgamento retomado em 2014, quando serão analisados recursos de sua defesa.
Dirceu também aguarda a ordem de prisão em casa, em Vinhedo, interior de São Paulo, acompanhado da família. Ele começa a cumprir pena, em regime semiaberto, por ter sido considerado culpado da acusação de corrupção ativa. Dirceu também aguarda a análise dos embargos infringentes que interpôs à condenação de formação de quadrilha.
Na tarde desta sexta-feira, Genoino divulgou uma nota oficial, na qual reitera ser inocente, afirmar ter sido condenado por ocupar a presidência do PT à época das denúncias sobre o mensalão e diz considerar-se um "preso político".

Confira a íntegra da nota:
"Com indignação, cumpro as decisões do STF e reitero que sou inocente, não tendo praticado nenhum crime. Fui condenado por que estava exercendo a Presidência do PT. Do que me acusam? Não existem provas.O empréstimo que avalizei foi registrado e quitado.
Fui condenado previamente em uma operação midiática inédita na história do Brasil. E me julgaram em um processo marcado por injustiças e desrespeito às regras do Estado Democrático de Direito.
Por tudo isso, considero-me preso político.
Aonde for e quando for, defenderei minha trajetória de luta permanente por um Brasil mais justo, democrático e soberano."

Consciência
Ao jornal Folha de S.Paulo, José Dirceu declarou na tarde de hoje que a prisão não vai abatê-lo nem tirá-lo da vida política. "Eu não vou me dobrar. Eu vou continuar lutando. Nenhuma prisão vai prender a minha consciência."
Ainda segundo o jornal, o ex-ministro não quis dar entrevista.

fonte  Redação da RBA

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