5 de nov. de 2016

VIVA OS PAÍSES RICOS

Como os países ricos usam os coxinhas das colônias
Imagine que em 1969, logo depois do AI-5, com o General Médici de plantão, quando recrudesceu a luta armada de resistência, os resistentes tivessem saído vitoriosos, com a ascensão de alguém comprometido com o país e o povo.

Imagine ainda que esse alguém e seu grupo ficassem no poder por 42 anos, até 2011.

Continuando no campo da imaginação, em 2011 o Brasil teria saído de secular miséria, tão conhecida nossa, principalmente a nordestina, de secas e migrações, para um dos dez maiores IDH do planeta, um dos dez melhores padrões de vida do planeta.

Para isso, os rebeldes começariam por nacionalizar a chamada indústria de base e as riquezas do solo e do subsolo.

O crescimento começaria imediatamente e 42 anos depois...

Nenhum brasileiro pagaria conta de energia elétrica, estatal e gratuita;

Todos os empréstimos bancários (bancos estatais) seriam subsidiados, de maneira que não se pagasse juros;

O direito à habitação (ter uma casa) seria considerado direito humano. Para isso, o governo fazia uma doação de cinqüenta mil dólares, aos nubentes (casal em matrimônio), para que comprassem um apartamento;

A educação e a assistência médica seriam totalmente estatais, estendidas a todos os brasileiros. Se não houvesse no Brasil o curso pretendido por um estudante ou, havendo, não houvesse vaga, o Estado patrocinaria o curso no exterior. Se, formado, não encontrasse ocupação no mercado de trabalho, o Estado pagaria o seu salário, até que começasse a trabalhar. Da mesma maneira, se não houvesse algum tipo de exame médico ou terapia, o Estado patrocinaria o exame ou o tratamento no exterior, de qualquer brasileiro;

Após uma reforma agrária de fato, para quem desejasse trabalhar a terra, o governo entraria construindo uma casa na propriedade, fornecendo adubos, sementes e ferramentas ou matrizes dos animais a serem criados, gratuitamente;

O primeiro carro, comprado por brasileiros, teria um subsídio de 50% (o governo pagaria a metade do preço);

O litro da gasolina estaria custando, hoje, 12 centavos de dólares (mais ou menos 40 centavos de real);

Nos mesmos moldes do PIS e do FGTS, cada brasileiro teria uma conta bancária, onde seria depositada a sua parcela no lucro da Petrobras;

O auxílio maternidade, pago às mães, seria de 5 000 dólares, aproximadamente 17 000 reais;

Diante do maior rio artificial do mundo, ligando regiões ricas em nascentes a cidades e lavouras localizadas em regiões áridos e semi-áridas, a Transposição do Rio São Francisco seria obra menor;

Com isso, o Brasil em 2011 teria um em cada quatro habitantes com curso universitário, nem dívida interna nem dívida externa e 150 bilhões de dólares de reservas cambiais.

Antes que algum coxinha diga que deliro, ou que fumei maconha mofada, como dizem, este país é possível e existiu, e estou me referindo à Líbia.

Isto foi possível porque eles têm 46 bilhões de barris de petróleo em reserva, quatro vezes menos que o PreSal brasileiro.

Em 1969 Kadhafi assumiu o poder e levou o povo líbio a este padrão.

Quando os Estados Unidos acusaram o Iraque(Houssein) de fabricar armas químicas e biológicas, além de estar desenvolvendo projetos de armas nucleares, para justificar a invasão e o confisco do petróleo, também acusou a Líbia(Kadhafi) da mesma coisa e pelo mesmo motivo.

Os americanos invadiram o Iraque, nada encontrando, e depois de matar cem mil civis confiscaram o petróleo.

Kadhafi, temendo o mesmo destino para a Líbia, abriu o país à inspeção internacional, para que vissem que a situação dos líbios era a mesma dos iraquianos: nada de armas químicas, biológicas ou atômicas, e os americanos mudaram de tática: plantaram espiões e agitadores no país, e logo os coxinhas líbios estavam nas ruas, gritando da falta de democracia, da ditadura de 42 anos, de corrupção, corrupção, corrupção...

E depuseram e mataram Kadhafi, privatizaram a estatal de petróleo, acabaram com todos os programas sociais, ratearam as reservas cambiais entre os invasores, como indenização de guerra, e a Líbia está em uma guerra civil, caminhando para ser uma nova Síria.

Que bom que não temos coxinhas no Brasil.

Por falar nisso, o gás de cozinha aumentou de preço, sabe por quê?

O governo tirou o subsídio, transferindo para o BNDES, para subsidiar empréstimos a empresários, e para o Ministério da Agricultura, para subsidiar empréstimos aos latifundiários.

É o que podemos chamar de governo do povo, do povo sustentando a elite.

Francisco Costa
Rio, 04/11/2016.

PS: antes dos coxinhas me agredirem, o que se tornou usual, solicito que consultem blogs e sites idôneos, ou a Wikipédia, porque reagir por instinto e babando ódio os meus cachorros também sabem fazer, e na foto, os coxinhas líbios. Tal lá como cá

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