Da Agência Sputnik |
Após ataque americano, Rússia vai ajudar a proteger espaço aéreo sírio: 10 mortos
O lançamento de 59 mísseis contra bases militares na Síria, entre a noite desta quinta-feira (6) e madrugada de sexta-feira (7), horário de Brasília, pode se desdobrar em uma reação como há muito não se via no planeta. Foram dez mortos, entre eles quatro crianças. Segundo o site russo Sputnik, o governo russo decidiu ajudar a Síria a proteger seu espaço aéreo. Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa russo, falando hoje no briefing, disse que, do total lançado, apenas 23 mísseis lançados do destróier da Marinha norte-americana atingiram a base de Shayrat. Ele diz não ter ainda notícias oficiais de onde caíram os demais 36.
As buscas dos mísseis estão em curso.
"No dia 7 de abril, entre as 3h42 e as 3h56[21h42-00h56] a partir de destróiers da Marinha dos EUA nas águas do Mediterrâneo, na área da Ilha de Creta, foi lançado um ataque aéreo em massa com 59 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra a base aérea de Shayrat. Conforme os dados dos meios russos, o território da base foi atingido por apenas 23. O lugar da queda dos 36 restantes mísseis não é conhecido", declarou Konashenkov.
Ele sublinhou que, em resultado do ataque, foi destruído um armazém de mercadorias, um edifício destinado à instrução, uma cantina e 6 aviões Mig-32, bem como a estação de radar.
Para embaixador da Síria na Rússia, Riad Haddad, o ataque revela a proximidade entre o governo americano e terroristas:
"O ataque de mísseis de cruzeiro norte-americanos contra a base aérea na Síria é uma grave violação de todos os direitos internacionais que mostra o fato de haver coordenação entre Washington e os grupos terroristas Daesh e Frente al-Nusra".
"A agressão norte-americana contra a Síria é uma agressão contra a soberania do nosso país e é uma violação grave de todos os direitos internacionais. Esta agressão demonstra que os norte-americanos apoiam os dirigentes dos grupos Daesh e Frente al-Nusra (grupos terroristas proibidos na Rússia) e mostra que há coordenação entre os EUA e estes grupos terroristas. Os ataques norte-americanos são a resposta aos avanços recentes do exército nacional da Síria", comunicou Haddad.
Ministro russo Lavrov disse que os EUA precisavam de encontrar um pretexto para a intervenção e a utilização das armas químicas se tornou nesse pretexto.
"É um pretexto imaginado, porque a Síria e o seu exército estão livres de armas químicas após a Síria se juntar à Organização para Proibição de Armas Químicas e esta organização ter confirmado que a Síria tinha cumprido todas as obrigações para se livrar das armas químicas. Confirmo mais uma vez que os EUA apoiam a atividade terrorista na região, acho que este ataque é uma intervenção direta sem intermediários, como tinha acontecido anteriormente", sublinhou o embaixador sírio.
fonte Conexão Jornalística
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