15 de mai. de 2020

Flávio Dino a Bolsonaro: “Se não sabe o que fazer, renuncie”

Foto: Karlos Ger
O governador cobrou responsabilidade econômica a Bolsonaro.

por Portal PCdoB

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi taxativo ao rebater novas declarações do presidente Bolsonaro contra os governadores nesta quinta-feira (14): “Se não sabe o que fazer, renuncie”, escreveu em uma rede social.

Mais cedo, Bolsonaro tentou novamente jogar a culpa da crise econômica nos governadores que têm se esforçado para manter o isolamento social e conter a expansão do coronavírus no Brasil. Em videoconferência organizada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, Bolsonaro incentivou empresários a “jogar pesado” com os governadores para que reabram o comércio.

“Se a crise econômica fosse causada pelos governadores, por que ela existe em outros países? Quem está causando a grave crise econômica é o coronavírus. Incrível que Bolsonaro finja ignorar isso. E a responsabilidade da gestão econômica é dele. Se não sabe o que fazer, renuncie”, ponderou o governador maranhense.

Lockdown

A região metropolitana de São Luis foi a primeira área no Brasil e enfrentar o fechamento total das atividades não-essenciais. O lockdown foi determinado pela Justiça diante do aumento rápido no número de casos e da falta de leitos de UTI públicas e privadas no estado, apesar dos esforços para obtenção de equipamentos e formação de equipes de saúde para atuar na linha de frente contra a doença.

Nesta quinta-feira (14), o governado Flávio Dino anunciou usando suas redes novos resultados do “imenso esforço” operado pela equipe do governo do estado.


“Fechamos a noite de ontem com 1.075 leitos na rede estadual dedicados ao coronavírus. No começo eram 232”, anotou.

O governo do Maranhão também decidiu requisitar UTIs de hospitais privados caso as públicas estejam lotadas. A estratégia, que foi utilizada, por exemplo, na Espanha, visa garantir que um maior número de pessoas possam ser atendidas e menos gente morra por covid-19. Os hospitais privados que passam a internar pacientes do SUS serão indenizados, portanto não há qualquer “confisco”. Todo o procedimento é respaldado pela Constituição Federal.

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