8 de dez. de 2015

Sorrindo à toa - Por Chico Alencar

O PSOL não aceitou votar atrás das cortinas, porque o representado tem o direito de saber como seu representante vota. Essa é a sessão mais esdrúxula de todos os mandatos que exerci.
Por Chico Alencar

Foi imposta uma votação secreta, para que a traição comesse solta e os parlamentares se escondessem das responsabilidades perante a população. Foi impedida a palavra de todos os deputados. Voto secreto, NÃO! É um dever nosso ser transparente!

A chapa alternativa, formada por parlamentares da oposição e dissidentes do governo venceu a concorrente, por 272 votos a 199.

Voto secreto estimula a traição e o comportamento covarde. Isso degrada o parlamento. O governo Dilma é indefensável, sim, mas deve ser derrotado nas urnas. Um processo de impeachment feito dessa maneira fica maculado. Aquele que é o elemento mais agudo do processo político está sendo objeto de manobras. Se queremos o combate à corrupção, não podemos usar meios corruptos. Se queremos a transparência, não podemos aceitar votação secreta.

E, mais uma vez, olha a coincidência cronológica fantástica: esta sessão sobre o impeachment foi chamada enquanto acontecia a reunião do Conselho de Ética que discutia o processo contra Cunha - novamente adiada.

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