Uma aluna de 16 anos do 2.º ano do
ensino médio de Uberaba, no Triângulo
Mineiro, foi proibida pelo diretor da
escola de assistir às aulas por ter
pintado o cabelo de azul. O polêmico caso
ocorreu no Colégio Cenecista Dr José
Ferreira.
Indignado, o pai da adolescente, o
advogado Guilherme Diamantino já
matriculou a filha em outra instituição e
estuda acionar a Justiça pelo
constrangimento imposto à estudante.
Ele contou que o diretor do colégio,
Danival Roberto Alves, chamou a menina
na segunda-feira (13) e disse que ela
precisava “se adequar à disciplina da
escola ou teria de se retirar”.
“Fui à escola no mesmo dia e conversei
com o diretor. Deixamos acertado duas
coisas: uma que eu falaria com minha
filha e ela decidiria se queria ficar ou não.
Se ela não quisesse, eu teria um tempo
para procurar outra escola”, relatou o
advogado. Na terça-feira, a garota
assistiu à aula normalmente. Na quarta-
feira, porém, ela foi barrada pelo
porteiro.
O pai diz que desde então o diretor não
mais o atendeu. “Ele combinou uma coisa
e fez diferente.” Procurada, a direção da
escola informou que não iria se
pronunciar.
A história ganhou as redes sociais, onde
Diamantino fez um desabafo e vários
estudantes declararam apoio à
adolescente. A aluna deu uma única
entrevista, a um blog, onde descreveu
como foi barrada. “Foi extremamente
humilhante, e na frente de todos.”
Para Mário Lúcio Quintão Soares,
conselheiro da Ordem dos Advogados do
Brasil, (OAB), a decisão da escola fere o
direito básico à dignidade e à identidade
da pessoa humana. “Em hipótese alguma
o educador pode coibir o comportamento
dela de pintar o cabelo de azul”, disse.
“Foi uma decisão conservadora, atrasa
da,
anacrônica. Essa escola prestou um
desserviço à educação”, acrescentou
Quintão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário