O filme, dirigido por sua sobrinha, é uma construção histórica e
afetiva do homem que dedicou sua vida ao Brasil.
Dirigido pela sobrinha de Carlos Marighella, Isa Grinspum Ferraz, o documentário "Marighella" entra em cartaz nas principais cidades, no próximo dia 10 de agosto. O filme foi exibido em sessões lotadas na última Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio de 2011. O documentário conta, também, com uma canção especialmente composta para o filme por Mano Brown, em homenagem a Carlos Marighella. Nsta segunda-feira (6), haverá uma exibição do filme para a imprensa, em Brasília.
Isa, sobrinha de Marighella, teve acesso a um rico material histórico para retratar a vida de seu tio. Desde documentos secretos da CIA até inéditas gravações de rádio feitas por Marighella em Cuba, nos anos 1960. "Marighella" traz depoimentos da viúva do líder, Clara Charf, e de vários militantes de esquerda que lutaram a seu lado, além de outras figuras emblemáticas da resistência à opressão militar no Brasil, entre as quais o crítico e escritor Antônio Cândido.
O documentário conta com rico material iconográfico, imagens de arquivo de diversas momentos da história brasileira do século 20, trechos de filmes de ficção e fotos raras da família Marighella. Seus poemas, suas histórias, seus gostos pessoais - tudo comparece para compor um quadro da complexidade desse homem que, tendo passado quase 40 anos na clandestinidade, transformou-se em um mito das esquerdas do Brasil e do exterior.
Todos esses elementos, aliados à condução pessoal da narração, baseada nas lembranças pessoais da sobrinha de Marighella, fazem do filme um registro complexo que intercala fatos históricos com um perfil humano e pessoal do personagem retratado.
Sinopse
Líder comunista, vítima de prisões e tortura, parlamentar, autor do mundialmente traduzido "Manual do Guerrilheiro Urbano", Carlos Marighella atuou nos principais acontecimentos políticos do Brasil entre os anos 1930 e 1969, e foi considerado o inimigo número 1 da ditadura militar brasileira.
Mas quem foi esse homem, mulato baiano, poeta, sedutor, amante de samba, praia e futebol, cujo nome foi por décadas impublicável? O filme, dirigido por sua sobrinha, é uma construção histórica e afetiva desse homem que dedicou sua vida a pensar o Brasil e a transformá-lo através de sua ação.
Da Redação de Brasília
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