17 de mai. de 2013

Professor diz que falar de diversidade sexual é ensinar a ser Gay

Falar de diversidade sexual é visto como ensinar a ser gay, diz docente
Abordar o tema da diversidade sexual na escola ainda é visto por alguns como ensinar a ser gay, afirma o professor Júnior Diniz, 31, que trabalha com o assunto em aulas de ética no município de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).


"Algumas pessoas argumentam que qualquer discussão a respeito da diversidade sexual, no ambiente escolar, seria uma forma de incitarmos as crianças a se tornarem gays ou lésbicas. A gente sabe, no entanto, que a sexualidade é particular e algo próprio do ser humano. O importante é eles [alunos] perceberem que o diferente merece respeito e que respeitar as diferenças não significa que eu queira ser igual", afirma.

No trabalho que desenvolve com crianças de seis a dez anos na Escola Municipal Domingos José Diniz Costa Belém, o principal foco é o respeito à diversidade e não a discussão da sexualidade dos alunos.
"O objetivo é fazer com que as crianças compreendam que nós vivemos em um mundo diverso onde existem várias possibilidades de as pessoas viverem sua sexualidade. Discutimos as questões de preconceitos existentes, como o racismo, a homofobia, o machismo", explica.
Uma das técnicas usadas pelo educador é mostrar aos alunos que nem sempre uma família é composta por pai, mãe e irmãos. "Muitos moram somente com a avó, com o avô, ou com tios, ou só com a mãe", exemplifica.
Apesar de ter de enfrentar o preconceito de alguns pais em relação a abordagem do tema, o professor conta ter recebido muitos pais com dúvidas sobre como falar sobre assunto com os filhos.

Preconceito entre os professores
Responsável pela coordenação de um programa de combate a homofobia, racismo e sexismo nas escolas públicas municipais de Contagem, Juliana Batista Diniz Valério diz que houve avanços no debate do assunto, mas ainda há resistência em relação ao tema nos próprios educadores.

O programa, denominado "Gênese" (Gênero, Sexualidade e Educação), tinha entre seus objetivos capacitar o educador para que ele replicasse o combate ao sexismo, à homofobia e ao racismo com os alunos. 
"Muitos professores e estudantes se mostram reticentes em relação ao tema. Tivemos, por exemplo, um número significativo de educadores que não conseguiu concluir os cursos ofertados em função de sua resistência pessoal com esse debate."
Para ela, a diversidade sexual ainda costuma ser tratada de maneira individual por educadores militantes ou sensibilizados com o problema, não como tema da educação.
"As questões de ordem moral e religiosa, ainda, são um grande obstáculo para que esse debate realmente se incorpore ao cotidiano escolar. O princípio da laicidade do Estado ainda não está de fato efetivado nas instituições públicas", salienta Juliana Valério.

"Aprendemos a olhar"
A educadora disse, no entanto, que as pessoas ao menos aprenderam a perceber o problema da discriminação e o preconceito sexual.
"Percebo que o preconceito e as atitudes discriminatórias são hoje mais visibilizados, até porque aprendemos a "olhar" para uma atitude homofóbica e assim nomeá-la. Quantos atos de bullying não são, na verdade, discriminações em função da orientação sexual ou práticas do racismo e do machismo?", comenta a especialista. 
Abordar o tema da diversidade sexual na escola ainda é visto por alguns como ensinar a ser gay, afirma o professor Júnior Diniz, 31, que trabalha com o assunto em aulas de ética no município de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte). No trabalho que desenvolve com crianças de seis a dez anos na Escola Municipal Domingos José Diniz Costa Belém, o principal foco é o respeito à diversidade e não a discussão da sexualidade dos alunos. 
Os livros fazem parte do kit Gênese, enviado pela prefeitura de Contagem às escolas, em 2012, com o objetivo de dar subsídios aos professores para o trabalho com a temática de gênero e diversidade sexual. O programa tinha entre seus objetivos capacitar o educador para que ele replicasse o combate ao sexismo, à homofobia e ao racismo com os alunos.
No material didático, uma das formas de apresentar a diversidade é mostrar aos alunos que nem sempre uma família é composta por pai, mãe e irmãos. ?Muitos moram somente com a avó, com o avô, ou com tios, ou só com a mãe?, exemplifica. Apesar de ter de enfrentar o preconceito de alguns pais em relação a abordagem do tema, o professor conta ter recebido muitos pais com dúvidas sobre como tocar no assunto com os filhos
No trabalho que desenvolve com crianças de seis a dez anos na Escola Municipal Domingos José Diniz Costa Belém, o principal foco é o respeito à diversidade e não a discussão da sexualidade dos alunos, conta o professor Júnior Diniz. "As ilustrações foram feitas pelos estudantes, dei destaque a ilustração que se refere a uma família homoafetiva"

PRIMEIRO BEIJO

É bom saber: ser BV (Boca virgem) ou BVL(BV de língua) aos 13 anos não é fácil...
Como puxar papo: Se o filho já sai para festinhas e matinês, aproveite o papo sobre a saída para tocar no assunto. Paciência e bom humor ajudam se você ficar falando sozinho. O importante é sinalizar que há espaço para diálogo
Como NÃO agir: Qualquer tom proibitivo ou repreensivo não é aconselhável. Só fale de suas experiências se sentir à vontade 
 PRIMEIRA TRANSA
Nem todo casal adolescente espera até casamento para ter relações sexuais, como Edward e Bella da saga Crespúsculo (foto). Segundo pesquisas, a iniciação sexual está ocorrendo por volta dos 15 anos
Como puxar papo: Os pais devem ficar atentos ao que eles sabem ou pensam que já sabem para poder orientá-los da maneira certa
Como NÃO agir: Fuçar gavetas, agendas, ver as ligações do celular não são atitudes recomendadas.


CAMISINHA
Falar sobre sexo com os filhos obriga qualquer mãe ou pai a passar por esse assunto. Prevenção, uso de camisinha e anti-concepcionais são itens imprescindíveis nessa primeira conversa
Como puxar papo: Se os pais não se sentem seguros para tocar no assunto, recorrer a um profissional da área de saúde é recomendável
Como NÃO agir: Querer informar os filhos sobre tudo, despejando uma gama de conteúdo enorme logo numa primeira conversa não é recomendável 

Na maioria das vezes, a falta de orientação dos pais para lidar com o próprio corpo inviabiliza uma conversa mais íntima, o que acaba anulando qualquer tipo de conversa a respeito do assunto
Como puxar papo: É um assunto bastante íntimo e talvez não haja espaço para conversar sobre isso. O importante é sinalizar que a prática é saudável
Como NÃO agir:Conceitos de que a masturbação é um ato sujo, vicia e faz a pessoa perder o interesse pelo sexo devem ser totalmente abolidos.

Se meninos e meninas estão transando cedo, as informações devem ser adiantadas também
Como puxar papo: Se o fato foi constatado, aceitá-lo demanda tempo. Pais e filhos devem apostar em um diálogo frequente para a a conscientização dos futuros pais sobre suas responsabilidades 
Como NÃO agir: É preciso tentar acalmar esse turbilhão de sentimentos antes de tomar atitudes precipitadas, como uso de violência ou mesmo a exigência de um casamento imediato.

A homossexualidade é um dos piores tabus entre os assuntos que envolvem a sexualidade -- segundo os especialistas. Os pais costumam ficar desesperados, não sabem o que fazer
Como puxar papo: Saber se o o filho será receptivo é essencial. Caso esteja em dúvida, demonstre que está aberto à conversa, mas espere que a iniciativa parta do jovem ou da jovem
Como NÃO agir:Condenar, culpar (os filhos ou a si mesmo) ou ver a orientação sexual como algo de outro planeta. 

Fonte http://educacao.uol.com.br/

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