Dilma decide que não vai viajar para os Estados Unidos
Presidente conversou nessa segunda por telefone com Barack Obama, mas não ficou satisfeita com as explicações sobre espionagem no Brasil
A presidente Dilma Rousseff decidiu não viajar para os Estados Unidos em outubro, pois não ficou satisfeita com as explicações sobre a espionagem americana no país. A viagem estava marcada para 23 de outubro.
O anúncio oficial será feito ainda nessa terça-feira (17). A presidente Dilma e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversaram por telefone nessa segunda durante 20 minutos sobre a revelação de que a agência americana de segurança espionou comunicações de brasileiros, incluindo a própria Dilma e a Petrobras.
A presidente Dilma gostou da conversa telefônica com Obama na segunda, mas, mesmo assim, decidiu não viajar porque é preciso deixar muito bem marcada a insatisfação do Brasil com os fatos de que o país foi vítima e com as explicações dadas pelo governo americano.
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que esteve em Washington tratando da espionagem com o governo americano, acompanhou a conversa dos dois presidentes.
No início deste mês, reportagem do "Fantástico", da “TV Globo”, revelou que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) monitorou o conteúdo de telefonemas, e-mails e mensagens de celular da presidente Dilma Rousseff e de um número ainda indefinido de “assessores-chave” do governo brasileiro. Além de Dilma, também foram espionados pelos americanos nos últimos meses o presidente do México, Enrique Peña Nieto, — quando ele era apenas candidato ao cargo — e nove membros de sua equipe.
A reportagem foi realizada com base em uma apresentação feita dentro da própria NSA, em junho de 2012, em caráter confidencial. O documento é mais um dos que foram repassados ao jornalista britânico Glenn Greenwald por Edward Snowden, técnico que trabalhou na agência e hoje está asilado na Rússia.
Na semana seguinte à revelação do monitoramento de Dilma, o “Fantástico” revelou também espionagem americana na Petrobras, mais uma vez, com base em documentos ultrassecretos entregues pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional Americana (NSA), Edward Snowden.
Em evento na ONU, Dilma vai falar sobre espionagem
Também na segunda, Dilma Rousseff confirmou que vai falar da espionagem americana durante o discurso que fará na sessão de abertura da assembleia geral da ONU em Nova York, daqui a uma semana.
Em entrevista concedida na sala VIP do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, Dilma destacou que seu discurso vai salientar a necessidade de se manter a neutralidade da rede mundial de computadores e a proibição de usar a internet para ações de espionagem. Segundo ela, o presidente dos Estados Unidos já foi informado do teor do discurso. As informações são do O Globo.
fonte http://www.novojornal.com/
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