Maiores bancos do país cobram juros de até 224% ao ano, diz BC
Os juros cobrados pelos maiores bancos no país podem chegar a 224% ao ano, segundo levantamento feito pelo Banco Central com dados de setembro.
A Caixa Econômica Federal possui as menores taxas nas três categorias comparadas: crédito consignado, crédito pessoal e cheque especial.
TAXAS DE JUROS ANUAIS NOS MAIORES BANCOS (DADOS DE SETEMBRO)
Banco Crédito consignado Cheque especial Crédito pessoal
Itaú Unibanco 34,8% 153,9% 63,9%
Bradesco 29,2% 149,5% 70,9%
Caixa Econômica 23,7% 61,63% 43,1%
Banco do Brasil 29% 63,2% 44,4%
Santander 29,2% 224% 60,6%
Fonte: Banco Central
As taxas de juros do cheque especial, cobradas quando o cliente entra no vermelho, costumam ser as mais altas entre os grandes bancos. Nessa categoria, o Santander lidera, com juros de 224% ao ano (ou 10,29%).
No crédito pessoal, os cinco maiores bancos do país possuem taxas que variam de 43,1% a 70,9%, ao ano, com o Bradesco na liderança (70,9% ao ano ou 4,57%, ao mês).
No empréstimo consignado, modalidade considerada mais barata, as taxas de juros dos maiores bancos do país variam de 34,8% a 23,7% ao ano. Destaque negativo para o Itaú, que cobra 34,8% ao ano (ou 2,52% ao mês).
Taxas podem variar de cliente para cliente
As taxas informadas pelos bancos ao BC são prefixadas, ou seja, embutidas no valor das parcelas a serem pagas.
Os percentuais podem variar conforme a relação do cliente com o banco (quem aplica mais dinheiro recebe vantagens). Além disso, as diferentes agências de um mesmo banco podem ter políticas diversas.
Reclamações contra bancos
Pelo segundo mês consecutivo, o número de reclamações contra os bancos apresentou queda. De acordo com levantamento do Banco Central (BC), divulgada na segunda-feira (16), foram registradas 2.195 reclamações procedentes no mês de agosto, uma queda de 6% em comparação com as 2.335 reclamações procedentes apuradas em julho.
Pelo sétimo mês seguido, o Santander lidera o ranking de reclamações contra os bancos com mais de um milhão de clientes, seguido de Itaú Unibanco e Banco do Brasil.
Matheus Lombardi
Do UOL
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