Australiana é presa por racismo em Brasília

A australiana, de blusa vermelha, não teve o nome revelado
Foto divulgação

Na última sexta (15), em um salão de beleza da quadra 115 Sul, uma australiana foi presa por cometer crime de racismo contra uma manicure e por agredir um Policial Militar.

De Brasília

Joaquim Dantas 

Para o Blog do Arretadinho

O salão de beleza estava lotado quando uma mulher entrou e pediu para ser atendida. A funcionária, que é manicure no salão e negra, prontamente colocou-se à disposição da cliente, foi aí que a australiana disse que não queria ser atendida pela manicure. A recepcionista disse-lhe, então, que havia outra manicure disponível, a australiana apontou para uma funcionária de pele clara e disse "pode ser aquela ali, ela é um pouco mais clara, essa aqui é muito escura para fazer a minha unha, é de uma raça ruim".

Perplexa, a manicure relatou que ficou paralisada com a afirmação da cliente que completou "dá para você se retirar? Sua presença está me incomodando. Não quero você perto de mim".

A funcionária, muito nervosa, começou a chorar. Foi aí que a dona do salão. Eliene Lima de Carvalho, se deu conta do que estava acontecendo. Dirigiu-se a australiana e exigiu que ela se desculpasse com a funcionária, a mulher negou-se dizendo "desculpar-me por que? Eu não fiz nada de errado".

Uma jovem afro-descendente e também cliente do salão, indignada com o que estava presenciando, pediu para a estrangeira baixar o tom e recebeu como resposta: "eu não sei porque essas pessoas de raça ruim insistem em falar comigo". A jovem precisou ser contida por outras pessoas para não bater na racista gringa.

Com o barraco formado a Polícia Militar foi acionada e mulher tentou fugir. Foi colocada na viatura e levada para a 1ª DP, acontece que, durante o percurso, ela agrediu o PM que estava no banco do carona, precisou ser algemada para que parrasse com as agressões ao policial.

Na delegacia a mulher ainda agrediu um agente de polícia negro com palavras racistas. Ela foi levada para o presídio feminino do Gama, vai ficar presa até que a justiça resolva o caso. O crime de racismo não dá direito a fiança e, no caso dela, as agressões ao PM e ao agente de polícia civil devem agravar sua situação.