8 de mai. de 2014

Gama faz Plenária para Plano Distrital de Educação

Professor Zé Antonio participou da abertura da plenária
Os professores do Gama reúnem-se em plenária para eleger delegados que participarão da Conferência Distrital de Educação.

Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho


"A escola à margem da vida, à margem da política, é falsidade e hipocrisia."
Lenin

Foi realizada na tarde desta quinta (8), a plenária que elegeu os delegados do Gama que participarão da Conferência Distrital de Educação, que irá debater o primeiro Plano Distrital de Educação. A Conferência está prevista para acontecer nos dias 15 e 16 de Maio, na Escola Parque 308 Sul.

O Plano Distrital de Educação - PDE - só existiu como projeto no período JK, desde então o DF nunca teve um PDE. O Brasil caminha para o seu 3º Plano Nacional de Educação, o segundo depois da promulgação da Constituição de 1988. O Distrito Federal, com o apoio das forças progressistas que compõem o Governo Agnelo, finalmente terá o seu primeiro PDE.

A Plenária do Gama contou com a presença do Coordenador Regional de Ensino da cidade, Professor Zé Antonio, que participou da abertura informando aos presentes que o Distrito Federal aboliu o analfabetismo e que receberá um prêmio por isso.

Jairo Mendonça
Diretor do SINPRO/DF
O Diretor do SINPRO/DF, Jairo Mendonça, ressaltou que a participação do sindicato, pela melhoria da qualidade da educação no Distrito Federal, tem sido fundamental.  Citou, por exemplo, que o DF já tem Campus Universitários Federais, nos quatro pontos cardeais: Gama, Ceilândia, Planaltina e São Sebastião, referindo-se aos Campus da UNB.

Jairo falou também da importância da luta pela aplicação dos 10% do PIB na educação mas que, no Distrito Federal, isso não é possível porque, se for aplicado 10% do PIB do DF na educação, o valor seria maior que o seu próprio orçamento. Disse ainda que hoje é aplicado cerca de 3% do PIB na educação do DF e que, uma das metas do sindicato, é que esse número dobre em curto prazo.

Segundo a Companhia de Planejamento do Distrito Federal - Codeplan - O acumulado do PIB-DF de R$ 164,5 bilhões, em 2011, colocou o Distrito Federal na sétima posição, em relação ao PIB nacional e ao dos estados.

“Esse desempenho favorável é resultado da composição de R$ 144,5 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 20 bilhões aos impostos sobre produtos”,informou o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, que comparou com 2010, quando o PIB local era de R$ 149,906 bilhões, ocupando a oitava posição no ranking do País.
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Os setores que mais cresceram foram o agropecuário, com 43,1%, seguido pelo industrial, que gerou R$ 9,178 bilhões em 2011, com participação relativa no valor adicionado total de 6,4% - quando a média nacional do setor foi de 1,6%.

O setor foi impulsionado pela construção civil, que representa 60,9% de toda a indústria - o equivalente a R$ 5.591 milhões - e cresceu 13,2%.

O setor Serviços gerou R$ 134,8 bilhões e representou 93,3% em 2011. Seu crescimento de 3,4%, em relação ao ano anterior, foi superior à média nacional que foi de 2,7%.

O sindicalista alertou para que o momento de se investir em educação é agora, segundo ele, à partir de 2040, a população economicamente passiva tenderá a ser maior. As taxas de fecundidade no Brasil estão em queda, o que provocará uma demanda menor por escolas.

Quem também compôs a mesa da plenária foi o aluno
do CEMI, Luan, que enfatizou a importância desse
primeiro PDE, como valorização da escola,
dos alunos e dos professores
A transformação demográfica do país, com o aumento da expectativa de vida e da parcela de idosos na população, vai duplicar os gastos públicos na área social até o ano de 2030. Ao final da próxima década, os maiores de 40 anos, que atualmente representam menos de um terço, serão quase metade dos brasileiros; os maiores de 60 saltarão de um décimo para um quinto do total. União, Estados e municípios terão que arcar com a conta do envelhecimento que vai gerar mais encargos com aposentadorias, pensões, assistência social e serviços de saúde. Alguns argumentam que ficarão acima dos gastos derivados da necessidade de elevar a qualidade da educação.

Os próximos 20 anos serão a melhor (e talvez a última) oportunidade para a eliminação da extrema pobreza no país, na avaliação do economista Paulo Tafner. Ao longo da maior parte desse período, a população em idade ativa, que tem entre 15 e 60 anos, vai se manter em crescimento, o que contribuirá para a melhora da renda. No final da próxima década, esse contingente deve começar a cair, enquanto o de idosos continuará em alta.

“Se nós não erradicarmos a pobreza até lá, seremos velhos e pobres”, diz Tafner, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e secretário-executivo da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. O economista defende a reformulação dos orçamentos da área social.

O Distrito Federal hoje já conta com 80% dos professores da educação básica como especialistas, colocando o DF no topo desse ranking e, em dez anos, 1/3 serão Mestres e 3% Doutores.

Uma das metas do Plano Distrital de Educação é universalizar até 2016 a educação infantil e na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta da educação infantil em creches públicas, de forma a atender, no mínimo, 50%, sendo, 5%, a cada ano, das crianças de até 3 anos, até o final da vigência deste PNE.

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