O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, nesta terça-feira (6), a região de Malanje, no interior de Angola, onde conheceu uma série de iniciativas para o desenvolvimento local: visitou o projeto Kukula Ku Maxi, de apoio à agricultura familiar no Pólo Agro-Industrial de Capanda, um centro de formação do Senai no município de Cacuso e uma usina de produção de açúcar, etanol e energia de biomassa no mesmo município.
O governador de Malanje, Norberto dos Santos, acompanhou todo o dia de visita à região.
A Sodepac (Sociedade de Desenvolvimento do Pólo Agro-Industrial de Capanda) doou, em nome do ex-presidente Lula, ferramentas agrícolas e equipamentos de irrigação para pequenos agricultores de Cacuso. O projeto Kukula Ku Maxi (“crescer juntos” em Kimbundo), iniciado em 2010 e com coordenadores brasileiros e angolanos, atende 700 famílias de pequenos agricultores, que recebem orientação e apoio para melhorar a produção e a venda de seus produtos agrícolas – beterraba, tomate, alface e outras hortaliças – aumentando a renda familiar.
O resultado é que 2500 pessoas já saíram da pobreza. O projeto também combina ações de saúde para a redução da mortalidade infantil, e poços para acesso à água. “Meus parabéns por tudo que fizeram nesses 4 anos. No Brasil, temos uma forte agricultura familiar, que produz 70% dos nossos alimentos. Eu espero que Angola desenvolva uma forte agricultura familiar, para que não precise importar nenhum alimento que consome.”
Lula também visitou um centro de formação do Senai no município, onde professores brasileiros ensinam trabalhadores angolanos da usina Biocom, de capital brasileiro e angolano. A empresa de plantação e processamento de cana-de-açúcar, hoje já planta 6 mil hectares de e irá produzir em 2018, quando concluir sua primeira fase de implantação, 180 mil toneladas de açúcar, para substituir as importações que Angola faz hoje do produto, além de etanol e biomassa. A colheita é completamente mecanizada, com 95% dos equipamentos utilizados na usina comprados do Brasil e o projeto conta com 2400 funcionários, mais de 90% deles angolanos.
Aparecido Ferreira da Silva, professor do Senai de Dourados, Mato Grosso do Sul, está em Cacuso oferecendo cursos de solda e tornearia para jovens angolanos. “Após 28 anos de docente, a gente dividir com outros países o que sabe é uma alegria”. O projeto transfere tecnologia e conhecimento, além de formar mão-de-obra local. O ex-presidente incentivou os estudantes angolanos a se qualificarem, lembrando o quanto o curso de torneiro mecânico mudou a sua vida. “Quem estuda no Senai pode até virar presidente da República”.
Fonte Instituto Lula
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