À QUERIDA DILMA
Por Chico do Gama
Até aos sete anos, luz só do candeeiro.
Do pau de arara vi a primeira lâmpada acesa.
Quatro anos para chegar ao destino.
Na estrada aprendi as primeiras letras.
Ainda bem que já consigo enxergar para além da luminosidade da luz.
Com as letras aprendi que há uma polêmica em torno de quem a inventou.
E com ela acesa se lê após a labuta.
Aprendi que a falta de água e luz não era só de onde vim.
Da luz do candeeiro dependia todo sertanejo.
E que teve uma guerrilha. E que poucos leram sobre.
Eles não leram. Nem lerão! Afinal, são filhotes da ditadura,
Que ainda sonham com os grilhões que nos livramos há muito.
Que ainda sonham com os grilhões que nos livramos há muito.
Quando lhes faltam argumentos,
Destilam as pérfidas indelicadezas do verbo, dignas dos vis.
Enquanto guerrilheira, és a história viva que os atormentam.
Se no sertão já tem luz, água e letras e os brasileiros sabem disso,
Que argumentos teriam?
Te amo! .
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