8 de jun. de 2014

Sobre a ocupação da Reitoria da UNB

Cerca de 10 estudantes ocupam  o gabinete da Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) desde a manhã desta sexta-feira (6/6). 

De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho

O grupo está no local para pressionar o reitor da UnB, Ivan Camargo, a remover os processos movidos pela instituição de ensino contra oito estudantes que participaram de um catracaço no Restaurante Universitário (RU) em 2013.
Recebemos informações que estão havendo atos de depredação do patrimônio público, por parte dos ocupantes, o que merece  nosso repúdio porque tira o foco do motivo da ocupação.

O Chamado catracaço é coisa de estudante mesmo, tem mais é que liberar as catracas e a Universidade não tem que processar estudantes por isso.

O estudante de ciências sociais da UNB, João Marcelo publicou um texto, em sua página do Facebook, onde faz algumas ponderações e eu transcrevo abaixo.

Está aberto o debate, tire suas conclusões e comente.


"por João Marcelo
Ainda que apoie as pautas do movimentação de ocupação a reitoria deliberadas em Assembleia Geral, afirmo a necessidade dos setores progressistas repudiarem a depredação do patrimônio público e a utilização de métodos violentos nos atos de reação aos desmandos.

Compreendo a delicadeza do momento em que vivemos, bem como julgo necessária a articulação das forças sociais para reivindicarem seus direitos, no entanto, o uso de métodos bárbaros deslegitima as pautas propostas.

Registro, ainda, minha solidariedade aos integrantes de partidos políticos hostilizados e a discordância ao uso de força policial na solução dos conflitos.

Apresentei, durante assembléia, duas propostas de interesse dos alunos integrantes dos programas de assistência estudantil:

- Criação de comissão para avaliar e acompanhar os programas de assistência de estudantil, no intuito de apresentar demandas aprofundadas que aprimorem a gestão dos recursos.

- A inclusão como item de reivindicação da democratização do orçamento da assistência estudantil. Atualmente, apenas 10% dos recursos são definidos deforma participativa.

Ambos os itens foram rejeitados ou desconsiderados.

Por isso, entendo e reitero que não se constrói o socialismo destruindo, mas edificando item a item nossas demandas e conquistando corações e mentes."

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