13 de out. de 2014

Brasil: Uma eleição, dois projetos

O que está em jogo não é quem assumirá a presidência da República em 2015, mas qual projeto o povo brasileiro escolherá!
Por João Ives Doti 

De um lado o projeto neoliberal capitaneado por Aécio Neves e o PSDB. Do outro o projeto desenvolvimentista de centro-esquerda que tem Dilma Rousseff como candidata!
Não são duas pessoas, são DOIS PROJETO antagônicos!

O modelo neoliberal, iniciado com Collor em 1989 e aprofundado por Fernando Henrique Cardoso, não é novidade. Então não me venham como o argumento de "novo governo, novas ideias"! Novas onde, cara-pálida?

Os anos de aplicação do ideário neoliberal, trouxeram o rompimento do tecido social brasileiro com a extinção de 12 MILHÕES de empregos. Época das privatizações de setores estratégicos da economia. Processos contaminados pela corrupção. Pela venda do patrimônio público mediante empréstimos de bancos oficiais, como o BNDES e o Banco do Brasil com a justificativa de utilização dos recursos para a redução da dívida pública. O que ocorreu, porém, foi o contrário: a relação dívida/PIB, que era de 30,2% e, 1995, saltou para 55,9% em 2002.

Em troca da adesão à estabilidade monetária do Plano Real, os especuladores que acumularam riquezas com a espiral inflacionária, passaram a ganhar (e muito) com a troca por títulos públicos que pagavam taxas de juros reais que chegaram ao índice de 27%!

As reservas cambiais do país praticamente deixaram de existir nesta época. O estipulado passivo externo líquido passou de US$ 205 BILHÕES em 1995, para US$399 BILHÕES em 2001.
O débito dos estados com a União que em 1995 era de R$49 BILHÕES, passou, no final de 2002, para R$175 BILHÕES.

Além disso, o ARROCHO SALARIAL serviu para aprofundar o abismo social entre ricos e pobres. Em 2002 o salário mínimo correspondia a 78 dólares. (hoje equivale mais de 300 dólares).
Estes são ALGUNS PONTOS. Pretendo aprofundar a discussão com a demonstração de dados e comparações entre os dois projetos.

É claro que a situação não é o que desejamos ou merecemos, precisamos, sim, aprofundar as reformas estruturantes e avançar nas mudanças.

Neutralidade, neste momento, é o mesmo que compactuar com a volta ao nefasto modelo neoliberal que, ao contrário do que dizem, está muito vivo e bate às nossas portas!

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