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Manifestantes detidos antes do protesto contra Temer são liberados
As acusações contra os 26 detidos não foram aceitas na audiência de custódia que ocorreu nesta segunda (5), em São Paulo. O juiz considerou ilegal a prisão dos manifestantes, segundo o advogado Marcelo Feller, que defendia os detidos: “O juiz disse que vivemos tempos difíceis para a nossa democracia, triste momento em que as pessoas têm de aguentar caladas e citou o direito à manifestação”.
A audiência de custódia, que decide se os detidos responderão em liberdade ou presos, estava marcada para as 14h, mas foi adiada para as 18h.
Após ficarem no mínimo sete horas sem acesso a advogados, dos 26 detidos no Deic antes do protesto contra Michel Temer, 16 foram acusados de associação criminosa e corrupção de menores. Os outros dez são menores de idade. Advogados e pais passaram a noite de domingo em frente ao Deic, impedidos de ter contato com os detidos e sem informações sobre os motivos da prisão.
Em entrevista ao Jornalistas Livres, o defensor público Marcelo Carneiro Novaes disse que “em mais de 30 anos de advocacia, era a primeira vez que via um defensor público ou um advogado não conseguir ingressar num prédio público onde são exercidas as atividades da polícia judiciária”.
Por volta das 23h, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) chegou ao local com o candidato a vereador Nabil Bonduki (PT-SP) e o ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Só assim os advogados e os parlamentares puderam entrar no Deic.
Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública, as pessoas foram detidas no início da tarde de domingo (4), com máscaras, pedras, um celular roubado e “diversos objetos utilizados em atos de vandalismo”. Fotos do site da SSP mostram os tais objetos: uma barra de ferro (que não aparece nas imagens), um estilingue, chaves, cigarro, fones de ouvido, um folheto contra Temer, um extintor de incêndio, celulares, câmeras, máscaras e vinagre para se proteger de gás lacrimogêneo, e um kit de primeiros socorros.
Um grupo estava reunido no Centro Cultural São Paulo no momento em que foi cercado pela polícia. A outra parte estava em Pinheiros, perto de uma estação de metrô.
Fonte: Brasileiros
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