16 de ago. de 2019

Bolsonaro acaba com o direito à folga de domingo e feriados para milhões de trabalhadores

O governo anunciou hoje (18) que irá autorizar que 78 setores da economia funcionem normalmente aos domingos e feriados, atacando direitos trabalhistas e flexibilizando ainda mais relações de trabalho. Quem trabalhar nestes dias pode deixar de ganhar adicional.

O anúncio do decreto foi feito pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.

A medida permitirá que diversos setores da indústria, dos serviços, da pecuária e da agricultura funcionem normalmente em domingos e feriados. Isto poderá tirar o pagamento de adicional a trabalhadores.

Também vai aumentar o poder dos grandes empresários sobre o tempo e a vida do trabalhador, sendo que agora poderá ser mais exigida a presença no local de trabalho em domingos e feriados.

Recentemente o governo também já havia anunciado um corte de 90% das normas de saúde e segurança no trabalho.

Um conjunto de medidas do governo Bolsonaro, anunciadas como “desburocratização” e “liberdade econômica”, que servem para retirar travas jurídicas para a exploração desenfreada, visando incrementar o lucro dos grandes empresários e latifundiários.

Junto à Reforma Trabalhista e a lei da terceirização ilimitada aprovadas durante o governo do golpista Temer, as medidas de Bolsonaro vêm para arrasar os direitos trabalhistas. Além de também querer aprovar a reforma da Previdência que vai fazer os trabalhadores morrerem sem nunca se aposentarem.

Não à toa Bolsonaro já tinha dito no ano passado, depois de eleito, que as leis trabalhistas têm que “se aproximar da informalidade” e que “ser patrão no Brasil é um tormento”.

Ao contrário da demagogia do governo, para combater o desemprego não é preciso flexibilização dos direitos trabalhistas, como a própria Reforma Trabalhista fracassou em fazer, com o país amargando 13,4 milhões de desempregados quase 2 anos após a aprovação da reforma.

É preciso proibir as demissões, reduzir o número de horas trabalhadas sem redução do salário, para que mais pessoas possam trabalhar, e investir em planos de obras públicas para geração de empregos. Parte de um programa que deve ser imposto pela luta dos trabalhadores junto da juventude, para fazer com que os capitalistas paguem pela crise econômica.

fonte Esquerda Diário

Um comentário:

Bety disse...

A grande maioria dos trabalhadores esta ligada a pequenas empresas. Isto é publico e notório. Só os donos de sindicatos que que não tem capacidade de entender isto.
Estas pequenas empresas estão apenas sobrevivendo, encima dos altos encargos cobrados a titulo de empregabilidade.
A conta simplesmente não fecha, tudo piorou, e todos terão que ceder, tanto as empresas quanto os trabalhadores.
Além do mais, ninguém perderá DIREITOS,o direito do descanso continuará, apenas em dias alternados.
Tem atividades que a sua natureza exige trabalho de segunda a segunda.
O mundo mudou e as reformas necessitam ser feitas, para continuarmos nosso tão famigerado desenvolvimento.
Não vamos voltar a crescer sem ajustarmos a novas regras.
Por que eu não posso ir ao cinema numa terça, fazer um piquenique na quarta, trabalhar numa segunda e na semana seguinte folgar dias seguidos.
Devemos acabar com bolsas família, e os diversos auxílios fora da pandemia.
A solução e empregar todos os brasileiros sem exceção e proibir recebimento de auxílios com exceção por incapacidade laboral.
Todos devem trabalhar para seu sustento, e ter liberdade para trabalhar.
E não punir aquele que quer trabalhar e que tem condições de trabalhar, através de leis e pseudo direitos.
Liberdade para empreender.
Quantas empresas tem neta terra lucros astronômicos que não sejam bancos e multinacionais Fundos de Investimento etc...
Quem esta segurando nossa economia são os mercadinhos de esquina, os açougues, fabriquetas, pequenos produtores e ai vai..