14 de abr. de 2020

Queiroz reaparece em áudio a amigo: “O que você está fazendo pelas minhas filhas não tem preço”

Flávio Bolsonaro com o ex-assessor Fabrício Queiroz (Foto: Reprodução)
Amigo de longa data da família Bolsonaro, o ex-PM empregou suas duas filhas no gabinete de Flávio na Alerj, ambas envolvidas em esquema de rachadinha

Por Redação Revista Fórum

Escondido desde que seu nome veio à tona no escândalo das “rachadinhas” no gabinete do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o ex-PM Fabrício Queiroz reapareceu em um áudio enviado a um amigo no mês passado. Na época, Queiroz estava prestes a passar por uma cirurgia para a retirada da próstata e, antes de ir ao hospital, entrou em contato com o amigo para deixá-lo a par da situação.

O áudio foi obtido pela revista Veja, que alegou não saber o nome da pessoa com quem Queiroz conversa. Na mensagem, o ex-PM fala de sua saúde e também dos favores que deve. “Valeu, valeu, meu irmãozão. Obrigado por tudo aí, tá? Gratidão não prescreve, cara, não prescreve mesmo. O que você está fazendo pelas minhas filhas aí, cara, não tem preço. Serei eternamente grato, entendeu?”, diz.

As filhas que Queiroz cita no áudio são Evelyn e Nathália, ambas empregadas por Flávio Bolsonaro no gabinete da Alerj. As duas também participavam do esquema de rachadinha, que consiste em devolver parte do que recebiam como salário.

Além disso, foi Queiroz quem empregou a mãe e a ex-mulher do ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega no gabinete do filho do presidente. Morto numa operação policial realizada em janeiro, Adriano era acusado de chefiar o Escritório do Crime, grupo de extermínio ligado a uma milícia do Rio acusada de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Investigações

Atualmente, os advogados do ex-assessor e os de Flávio Bolsonaro tentam suspender ou arquivar o caso contra ambos na Justiça. A ofensiva é incessante e abrange da primeira instância ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a Veja, pessoas próximas ao presidente temem que a Justiça do Rio, aproveitando-se do desgaste de Bolsonaro durante a crise do coronavírus, decrete alguma medida contra Queiroz e seus familiares, como uma prisão preventiva.


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