Gilberto Dimenstein morreu sem ter tido tempo de se livrar da imundície antipetista na qual chafurdou por razões inconfessáveis.
Gilberto Dimenstein morreu aos 63 anos, no mesmo lugar biográfico em que hoje se encontram o Lobão e a Nana Caymmi.
A morte de Gilberto Dimenstein nesse preciso lugar me faz pensar nas injunções nietzscheanas e foucaultianas: é preciso conceber a própria vida como uma obra de arte: nela nada deve haver que seja aleatório, fortuito, oportunístico, menor...
(Millor Fernandes morreu na Veja, vendendo seu talento no lucrativo mercado antipetista da época. Hoje ninguém lembra dele)
(Aldir Blanc, ao contrário, morreu como herói)
É praticamente impossível não se deixar levar, neste ou naquele momento, pela abjeta ordem do dia. Mas a morte pode vir e te levar-flagrar no exato momento em que você está em franco compromisso com o poder de plantão, o poder passageiro...
O antipetismo passa. O antissemitismo passou. A chance do Dimenstein nunca mais vai passar.
Rodrigo Lucheta
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