21 de fev. de 2021

Um otário metido a valentão.

 


Imbuído de prerrogativas reservadas a parlamentares, o deputado bombado, sentiu-se muito poderoso. 

Farto de provocar aeromoças, estudantes, e manifestantes esquerdistas, ele queria mais.

Queria algo grandioso para aplacar momentaneamente sua insaciável gana exibicionista. 

Apareceu um general, quase imóvel, que tem alguém para digitar por ele o que ele ou os cabeças da corporação quiserem, debochando da Suprema Corte, certo da sua impunidade.

Pronto. Era o que faltava para o inexpressivo deputado bombado saltar de nível em suas provocações. E assim então se atirou. Certo de que os cabeças da sua agremiação o amparariam. Calculou mal o salto. 

A uma porque ele não é um deputado expressivo. 

É um calouro na Câmara, notório exatamente por sua inexperiência traduzida em extravagantes abusos que demonstram alguém sem noção da utilidade do poder que detém como deputado federal.

Sua inexpressividade foi exposta pelo Presidente da Corte ao esquecer  seu nome quando anunciou o resultado da votação de 11 x 0 pela manutenção da sua prisão. O que me pareceu um esquecimento proposital.

Pensou que a imunidade parlamentar fosse salvo conduto para praticar seu insaciável desejo exibicionista em qualquer lugar e contra quem quisesse. 

Em seu desvairado delírio pensou ser amigo do Presidente igualmente sem noção.

O presidente e sua turma podem parecer doidos mas não comem bosta.

Não irão entrar em rota de colisão com a Suprema Corte por causa de um deputadozinho inexpressivo que é só uma Sara “Winter” Giromini de cueca. 

Mesmo porque as raposas têm rabo preso e sabem das possibilidades de se tornarem rés na Suprema Corte. E o histórico, a depender do caso, pode pesar no julgamento.

Fosse um deputado expressivo, amigo do rei, talvez haveria algum ensaio de embate entre Câmara e a Suprema Corte.

Voltando ao general debochador.

A Suprema Corte assiste passivamente o deleite do General porque tem ciência de que o General não está sozinho. O General é apenas o porta voz.

Portanto, o deputado bombado, inexpressivo, era tudo o que a Suprema Corte queria para mostrar o poder que tem que não pode ser mostrado contra o General. 

STF acovardado. Lembram?

Aí o deputado bombado caiu no laço que ele mesmo armou.

Burro. Atacou a Suprema Corte exatamente no momento em que um dos Ministros falou sobre a Suprema Corte não perder respeito.

Seu último ato de bravura, na madrugada, foi provocar a atendente no IML. 

Pouco depois, na manhã, a foto do deputado bombado, algemado e com máscara, circulou nas redes sociais. 

por Gerson Carneiro

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